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Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa

 ISSN 1646-5830

SOARES, Cristiana Marinho; SOUSA, Catarina Paulo de; SOARES, Catarina    PINTO, Luísa. Route of delivery: what do Portuguese women prefer?. []. , 17, 3, pp.205-212.   30--2023. ISSN 1646-5830.

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Introduction:

Mode of delivery is known to have a major impact on the health of women and neonates and should therefore be carefully considered. Moreover, expectations built during pregnancy influence the way pregnant women experience labor and delivery.

Materials and Methods:

Cross-sectional descriptive study conducted between February and August 2021 in a tertiary hospital in Portugal. Pregnant women from the the 30th week of gestation, with no contra-indication for vaginal delivery were included. A two-page multi-choice and short-answer questionnaire was handled, which included questions on sociodemographic characteristics, on delivery preferences and on reasons for those preferences.

Results:

303 of the 344 (88,1%) women included wished for a vaginal delivery. The main reason for preferring a vaginal delivery was “it is more natural” (80.2%), followed by “post-partum is easier and recovery is faster”. Regarding women with a preference for cesarean section, most of them believe that it is safer for the baby. The majority (66,7%) of women with a cesarean in the past would prefer a vaginal delivery in the current pregnancy.

Discussion:

Although safe, a cesarean comprises higher risks for maternal and neonatal health when compared to a vaginal delivery. Globally, most women prefer a vaginal delivery. The way women experience previous labors seems to influence the subsequent pregnancies.

Conclusion:

Most of the women in our sample preferred a vaginal delivery. However, 11,9% of pregnant women with no indication for a surgery would choose a cesarian section. The fact that many women consider that for the baby the cesarian is the safest mode of delivery should lead the clinicians to reflect and invest in transmitting precise information.

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Introdução:

A via de parto tem um impacto importante na saúde materna e neonatal e, por este motivo, deve ser cuidadosamente ponderada. Por outro lado, as expetativas que as mulheres constroem durante a gravidez influenciam a forma como experienciam o parto.

Materiais e Métodos:

Estudo transversal descritivo conduzido entre fevereiro e agosto de 2021 num hospital terciário em Portugal. Foram incluídas mulheres com 30 ou mais semanas de gestação sem contraindicação para parto vaginal. Foi entregue um questionário de duas páginas incluindo questões sociodemográficas, questões sobre a preferência relativamente à via de parto e sobre as motivações para essa preferência.

Resultados:

303 das 344 (88,1%) mulheres incluídas no estudo referiram preferir um parto por via vaginal. A principal razão para esta escolha foi “é mais natural” (80,2%), seguido de “o pós-parto é mais fácil e com recuperação mais rápida”. Relativamente às mulheres que mencionaram preferir uma cesariana, a maioria acredita que esta via de parto “é o mais seguro para o bebé”. A maioria (66,7%) das mulheres com uma cesariana no passado desejaria um parto por via vaginal na gravidez atual. Não encontrámos relação entre os fatores sociodemográficos e a preferência relativamente à via de parto.

Discussão:

Apesar de seguro, um parto por cesariana tem maior impacto negativo na saúde materna e neonatal quando comparado com um parto vaginal. Globalmente, a maioria das mulheres prefere um parto por via vaginal. A vivência em partos anteriores parece ter uma influência importante na forma como as mulheres experienciam as gestações subsequentes.

Conclusão:

A maioria das mulheres da nossa amostra referiu preferir um parto vaginal. No entanto, 11,9% das mulheres sem indicação para cirurgia mencionaram preferir uma cesariana. O facto de que muitas mulheres percecionam a cesariana como o mais seguro para o bebé deve levar os clínicos a refletir e a investir na transmissão de informação correta.

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