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Angiologia e Cirurgia Vascular

 ISSN 1646-706X

VAZ, Carolina et al. Doença Arterial Periférica e Qualidade de Vida. []. , 9, 1, pp.17-23. ISSN 1646-706X.

^lpt^aIntrodução: Os Cirurgiões Vasculares avaliam o seu sucesso terapêutico através de indicadores objectivos tais como a taxa de mortalidade, morbilidade e permeabilidade. Nas últimas décadas, tem havido uma mudança significativa na avaliação da doença e do seu tratamento dando especial enfase à Qualidade de Vida (QDV). Objectivos: Os objectivos desta investigação foram determinar quais as dimensões mais afectadas e as mais preservadas em relação à qualidade de vida dos doentes com Doença Arterial Periférica. Material e Métodos: Estudo prospectivo desenvolvido no Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santo António. Procedeu-se ao estudo de 101 doentes em regime de internamento por doença arterial periférica. Realizou-se um protocolo em três patamares distintos: um pré-protocolo de avaliação inicial com o estudo de dados biográficos, avaliação da prestação de cuidados e condições sócio-familiares. Um segundo protocolo realizado após a alta com variáveis de caracter clínico e um terceiro protocolo realizado em ambiente de consulta externa em que se procedeu à avaliação de determinantes biopsicossociais e à realização de provas de carácter funcional. Resultados: Verificou-se um predomínio do sexo masculino (62,4%), a média de idades foi de 69, 5 anos (desvio padrão de 11,8), 47, 5% dos doentes frequentou o ensino primário e 12,9% dos doentes nunca frequentaram a escola. No que concerne a esfera familiar, esta amostra apresenta uma alargada rede familiar em que a média de filhos foi de 2,9 (desvio padrão de 2,8), todavia é destacar que 9,9 % dos doentes residem sós. A qualidade de vida geral determinada foi de 41,05, valor que comparativamente à qualidade de vida geral da população portuguesa é de aproximadamente metade. Conclusões: A doença arterial periférica sendo uma doença crónica e muitas vezes associada a consequências mutiladoras de ordem física torna compreensível e esperada a sua tradução negativa na qualidade de vida geral dos doentes.^len^aIntroduction: Vascular surgeons evaluate their success through objective indicators such as mortality rates, morbidity and permeability. In recent decades, there has been a significant change in the assessment of the disease and its treatment giving special emphasis to Quality of Life Objectives: The objectives of this research were to determine which dimensions are most affected and the most preserved concerning the quality of life of patients with Peripheral Arterial Disease. Materials and Methods: Prospective study carried out in the Department of Angiology and Vascular Surgery of Hospital de Santo António, 101 inpatients with peripheral arterial disease were studied. We conducted a protocol on three distinct levels: a pre-assessment protocol which included biographical data and evaluation of socio-familiar conditions. A second protocol performed after discharge with clinical variables and a third protocol performed in outpatient environment in which biopsychosocial determinants were studied as well as functional nature tests were performed. Results: 62.4% of the patients were male, the mean age was 69, 5 years (SD = 11.8), 47, 5% of patients attended primary school and 12.9 % of patients have never attended school. Regarding the family sphere, this sample has an extended family network where the average number of children was 2.9 (SD = 2.8), however it is noted that 9.9% of patients were living alone. The general quality of life of this population was 41.05, this value is half of the value of the overall quality of life of Portuguese population Conclusions: Peripheral arterial disease is a chronic disease and often associated with physical mutilation, as result it is understandable and also expected to have a negative impact in the quality of life of the patients.

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