13 4 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Angiologia e Cirurgia Vascular

 ISSN 1646-706X

COELHO, Andreia et al. Acidente vascular cerebral em doentes com lesões em tandem: qual a importância clínica e o risco da revascularização emergente da artéria carótida interna extracraniana?. []. , 13, 4, pp.57-63. ISSN 1646-706X.

^lpt^aO acidente vascular cerebral (AVC) isquémico agudo no contexto de lesões síncronas, define-se como a combinação de estenose da artéria carótida interna (ACI) extra-craniana com trombo intracraniano. Apesar de corresponder a cerca de 10-20% de todos os AVC, a sua abordagem permanece controversa e variável de acordo com a experiência do centro. Na literatura, é consensual que a lesão com implicação imediata mais importante na apresentação clínica aguda é o trom- bo intracraniano. A revascularização intracraniana deve ser o mais célere possível, estando demonstrada a superioridade da trombectomia mecânica com stentretriever na oclusão de grande vaso da circulação anterior quando comparadas com a trombólise isolada. No entanto, no contexto de lesão aterosclerótica carotídea síncrona, é controverso o benefício e perfil de segurança do stent carotídeo emergente concomitante. O objetivo da presente revisão foi avaliar a importância clínica e os riscos associados a revascularização emergente da artéria carótida interna com recurso a angioplastia e stenting no contexto de lesões síncronas. Com esse objetivo foi realizada uma revisão da literatura existente utilizando a base de dados da Medline. Ultrapassar uma lesão da ACI extra-craniana e colocação de stent emergente parece ter uma elevada taxa de recanaliza- ção, mas é um procedimento time-consuming, podendo assim atrasar o tempo para a recanalização distal e potencialmen- te condicionar resultados neurológicos menos favoráveis. Na literatura, não existe evidência de uma melhoria do outcome do doente com o recurso a stent emergente no que concerne a recanalização intracraniana (Thrombolysis in Cerebral Infarction≥2b), outcome clínico (modified Rankin Scale≤2) e taxa de mortalidade aos 90 dias. Adicionalmente, expõe o doente a risco de complicações como AVC associado ao procedimento e hemorragia intracraniana. Conclui-se assim não existir atualmente evidência na literatura que suporte a realização de stenting carotídeo emergen- te no contexto de AVC devido a lesões síncronas.^len^aAcute ischemic stroke as a result of tandem occlusion, is defined as a combination of internal cervical carotid artery (ICA) stenosis with synchronous intracranial thrombus and accounts for about 10-20% of all strokes. Nevertheless, their approach remains controversial and variable according to the center's experience. The aim of any stroke treatment must be to successfully revascularize as soon as possible. In tandem occlusion, the primary cause of symptoms and clinical outcome is thrombus in the intracranial arteries rather than the occlusion of the cervical ICA. Today, standard of care for such intracranial lesions is mechanical thrombectomy with stent retriever combined with thrombolysis. However, distal access is hampered by the ICA stenosis/occlusion. The objective of this review was to evaluate the clinical importance and risks associated with emergent revascularization of the internal carotid artery using angioplasty and stenting in tandem occlusions. With this purpose a revision of existing literature was performed using Medline database. Surpassing an extra-cranial ACI lesion with subsequent stent placement seems to have a high recanalization rate, but it is time-consuming, thus delaying the time for distal recanalization and potentially conditioning less favorable neurological outcomes. In the literature, there is no evidence of patient outcome improvement with emergent stent placement in regard to intracranial recanalization (Thrombolysis in Cerebral Infarction≥2b), clinical outcome (modified Rankin Scale ≤2) and mortality rate at 90 days. Additionally, emergent stent placement exposes the patient to the additional risk of stroke associated with the procedure and intracranial hemorrhage. We therefore conclude that currently, there is no evidence in the literature to support emergent carotid stenting in stroke due to tandem occlusions.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License