15 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Angiologia e Cirurgia Vascular

 ISSN 1646-706X

TEIXEIRA, Gabriela et al. Carotid endarterectomy: guidelines versus real-world practice. []. , 15, 2, pp.49-57. ISSN 1646-706X.

^len^aIntroduction: A number of guidelines for the management of carotid disease are available to help clinicians in therapeutic decision and provide useful guidance for the best care of the patients. They stated that carotid endarterectomy (CEA) has some benefit in symptomatic patients with carotid stenosis of 50-69% and is highly beneficial in stenosis of 70-99%, with mortality/ stroke rate less than 6%. The maximum benefit is observed when surgery is performed within two weeks after the cerebrovascular event. CEA in asymptomatic patients should be offered to patients with life expectancy higher than 5 years, stenosis of >70%, and perioperative complications should be less than 3%. The aim of this study is to analyse our clinical practice, review treated patients and referral times and compare the outcomes of our institutional practice with published guidelines. Materials and Methods: Retrospective study of patients undergoing carotid endarterectomy at Centro Hospitalar Universitário do Porto between 2010 and 2015. Results: Between 2010 and 2015, 404 patients underwent CEA, 76% men, and mean age 69 years for both sexes. The degree of stenosis was usually evaluated by ultrasound. The use of complementary study with angio-CT was required in 20% and angiography in 2.2% of the cases. The majority of patients (54.2%) were symptomatic (stroke/ TIA <6 months). In patients with a cerebrovascular event diagnosed at our institution, the time to surgery was 10 days (median). All CEA were performed under general anaesthesia and for arterial closure, a Dacronpatch was systematically used. Shunt was used in 4.6% of cases (n=18). The mean surgery time was 101 minutes and the mean clamping time was 40 minutes. Reversal of antioagulation with protamine was performed in 48.3% patients. Morbimortality: 9 post-operative sequelae events (major stroke), 8 minimal / transient deficit (minor stroke) and 4 deaths. In symptomatic patients (n = 219), the rate of postoperative major stroke was 3.6%. In asymptomatic patients (n = 185), a major and a minor stroke was observed (1.1%). Other complications: haematoma 5.9% (n=24); infection 0.2% (n=1); peripheral nerve dysfunction 8.7% (n=35); false aneurysm 0.5% (n=2). Conclusions: Our results are within the reference values. This study allowed us to know our reality, our ability to give an effective answer for our patients, and to serve as a basis for improving ways of acting.^lpt^aIntrodução: Atualmente estão disponíveis diversas guidelines sobre o tratamento da doença carotídea de modo a ajudar os médicos na sua decisão terapêutica e garantir o melhor tratamento a cada paciente. Estas afirmam que a endarterectomia carotídea tem algum benefício nos doentes sintomáticos com estenose carotídea de 50 a 69% e é altamente benéfica em doentes sintomáticos com estenose carotídea de 70 a 99%, sendo que a taxa de mortalidade ou AVC deverá ser inferior a 6%. Para um benefício máximo, a endarterectomia deverá ser realizada nas primeiras duas semanas após o evento cerebrovascular. Em doentes assintomáticos, a endarterectomia carotídea deverá ser oferecida a pacientes com esperança de vida superior a 5 anos, estenose carotídea > 70% e as complicações perioperatórias deverão ser inferiores a 3%. O objectivo deste estudo é analisar a nossa prática clínica, rever os doentes tratados, tempos de referência e comparar os resultados da nossa instituição com os publicados nas guidelines internacionais. Material e Métodos: Estudo retrospectivo dos pacientes submetidos a endarterectomia carotídea no Centro Hospitalar Universitário do Porto entre 2010 e 2015. Resultados: Durante o período de 2010 a 2015, 404 pacientes foram submetidos a endarterectomia carotídea, 76% homens e uma média de idades de 69 anos para ambos os sexos. O grau de estenose carotídea foi normalmente determinado por ecodoppler, havendo necessidade de estudo complementar com angioTC em 20% e angiografia em 2,2% dos casos. A maioria dos doentes (54,2%) eram sintomáticos (AVC ou AIT < 6 meses). Os pacientes cujo diagnóstico de evento cerebrovascular foi realizado na nossa instituição foram operados após 10 dias (mediana). Todas as endarterectomias foram realizadas sob anestesia geral e o encerramento arterial foi feito, sistematicamente, com recurso a patchde Dacron. Foi usado shunt em 4,6% dos casos (n=18). O período médio de cirurgia foi de 101 minutos e o tempo de clampagem de 40 minutos. A hipocoagulação foi revertida intraoperatoriamente com protamina em 48,3% dos casos. A morbimortalidade observada foi de 9 AVC major (com sequelas), 8 eventos cerebrovasculares mínimos/ transitórios e 4 mortes. Nos doentes sintomáticos (n=219), a taxa de AVC major foi de 3,6%. Nos doentes assintomáticos (n=185), um AVC majore um minorforam registados (1,1%). Outras complicações: hematoma 5,9% (n=24); infeção 0,2% (n=1); disfunção de nervo periférico 8,7% (n=35); falso aneurisma 0,5% (n=2). Conclusão: Os nossos resultados enquadram-se dentro dos valores de referência. Este estudo permite-nos conhecer a nossa realidade e a nossa capacidade de resposta, assim como compreender formas de melhorar o nosso modo de actuação.

: .

        · | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License