15 2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Angiologia e Cirurgia Vascular

 ISSN 1646-706X

ANTUNES, Inês et al. Isquemia de coto de amputação transfemoral: um desafio cirúrgico na prevenção da mortalidade. []. , 15, 2, pp.59-64. ISSN 1646-706X.

^len^aIntroduction: Above-knee stump ischemia is a serious condition. If left untreated usually courses with progression to irreversible ischemia. Without treatment the path from here usually leads to hip disarticulation and death. Our aim is to present our most recent experience in stump revascularization. Material/Methods: We retrospectively reviewed all patients with above-knee stump ischemia treated in our institution between July 2018 to March 2019. Results: We present four clinical cases treated in our institution in the last nine months. Two of them presented with non-acute stump ischemia with pain and skin lesions developed after minor trauma several months after surgery and stump healing. In both cases the computed tomography angiography (CTA) showed occlusion of the common femoral artery (CFA) and was inconclusive regarding the status and quality of the deep femoral artery (DFA). Despite this, ischemia severity deemed obligatory an attempt to revascularization, DFA was surgically exposed and proved to be an adequate target run off to a bypass. In the other two, the ischemia of the stump was acute. In one patient it was after surgical treatment of an ipsilateral false aneurism of the CFA (with ligation of the EIA) treated with a bypass from the EIA to both the superficial and DFA. The other was a patient admitted with aortic bifurcation occlusion and irreversible right leg ischemia that was submitted to primary above-knee amputation. In the next postoperative days, the patient developed severe stump ischemia. An axillo femoral bypass and proximal re-amputation was performed. Three patients resolved the stump ischemia and fared well, the last one died in the postoperative period. Discussion/Conclusions: Above-knee stump ischemia usually leads to progressive stump degradation/necrosis/infection, eventually leading to death. When the common/deep femoral arteries are occluded, re-amputation is usually insufficient and progression of ischemia can dictate the need for a hip disarticulation, a very aggressive and mutilating procedure with high rate of morbidity and mortality that do not prevent progression to pelvic ischemia and death. Revascularization of above-knee amputation stump, based on DFA or hypogastric revascularization, is the best therapeutic alternative and should be attempted even in frail patients. We believe that our small series reinforces the idea that stump revascularization is possible and can save both: stump and life.^lpt^aIntrodução: A isquemia de coto de amputação transfemoral (TF) é uma condição clínica grave e que, se não tratada, geralmente cursa com progressão da isquemia o que pode levar à necessidade de desarticulação da anca e à morte. O objetivo deste trabalho é apresentar a nossa mais recente experiência em revascularização de cotos. Materiais/Métodos: Revisão retrospetiva de todos os doentes com isquemia de cotos TF tratados na nossa instituição entre julho de 2018 e março de 2019. Resultados: Nos últimos nove meses foram tratadas quatro isquemias de cotos TF. Dois deles apresentaram isquemia não aguda, com dor associada e lesões tróficas após pequeno trauma, vários meses após a cirurgia e cicatrização do coto. Em ambos os doentes, a tomografia computadorizada (TC) revelou oclusão da artéria femoral comum (AFC) e foi inconclusiva relativamente à permeabilidade da artéria femoral profunda (AFP). Face à gravidade da isquemia, foi considerada obrigatória uma tentativa de revascularização tendo-se procedido a uma exploração cirúrgica da AFP. Intra-operatoriamente a AFP revelou ter condições para ser outflow de um bypass. Nos outros dois casos, a isquemia do coto foi aguda. Um caso desenvolveu isquemia após tratamento cirúrgico de um falso aneurisma ipsilateral da AFC (com necessidade de laqueação da AIE) tratado com um bypass da AIE para as AFP e AFS. O segundo caso refere-se a um doente admitido com oclusão da bifurcação aórtica e isquemia irreversível da perna direita tendo sido submetido a amputação TF primária. No pós-operatório evoluiu com isquemia do coto com agravamento progressivo. Foi realizada revascularização com bypass axilo-femoral e re-amputação proximal. Em três casos ocorreu cicatrização do coto e bom outcome, o último doente morreu no pós-operatório. Discussão/Conclusões: A isquemia de cotos de amputação TF conduz normalmente a agravamento progressivo, necrose, infeção e morte. Quando as AFC/AFP estão ocluídas, a re-amputação geralmente é insuficiente e a progressão da isquemia pode ditar a necessidade de uma desarticulação, procedimento muito agressivo e mutilador com alta taxa de morbi/mortalidade e que não impede a progressão para isquemia pélvica e morte. A revascularização, com base na AFP ou na hipogástrica, é a melhor alternativa terapêutica e deve ser tentada mesmo em doentes frágeis. Acreditamos que a nossa pequena série reforça a ideia de que a revascularização do coto é possível e pode salvar tanto o coto como a vida do doente.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License