17 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Angiologia e Cirurgia Vascular

 ISSN 1646-706X

CATARINO, Joana et al. Implantação de prótese ramificada no falso lúmen de disseção crónica para reparação de aneurisma toracoabdominal. []. , 17, 1, pp.58-62.   31--2021. ISSN 1646-706X.

^a

Introdução:

A degenerescência aneurismática em doentes com dissecção crónica tipo B (CTBAD) ocorre em aproximadamente 20 a 40% dos casos. O tratamento endovascular usualmente implica o implante de endoprótese no verdadeiro lúmen com o objetivo de excluir o falso lúmen. Os autores descrevem um caso em que o implante foi programado e executado no falso lúmen, devido às características anatómicas do doente.

Caso clínico:

Doente de 65 anos, sexo masculino, com antecedentes pessoais de HTA, dislipidémia e DRC. Foi referenciado ao nosso centro por achado em angioTC que revelou CTBAD, com dilatação aorta toracoabdominal secundária (aneurisma tóraco-abdominal tipo II de Crawford) com diâmetro máximo de 85mm. O tronco celíaco, artéria mesentéria superior e artéria renal direita emergiam do falso lúmen, e a artéria renal esquerda do verdadeiro lúmen. Foi programado o tratamento em 3 tempos distintos. Primeiro, o doente foi submetido a bypass carotido-subclávia. Seguiu-se frozen elephant trunk (FET), sendo que o componente de endoprótese foi intencionalmente implantado no falso lúmen. Seguidamente, procedeu-se ao implante de endoprótese ramificada customizada no falso lúmen da dissecção, cateterizando a artéria renal esquerda através de uma fenestração criada para o efeito e excluindo assim o verdadeiro lúmen da circulação. A selagem distal foi obtida numa zona não dissecada da aorta infra-renal. O angioTC 1 mês apresentava adequada zona de selagem proximal e distal e ramos viscerais permeáveis. O verdadeiro lúmen apresentava trombose parcial.

Conclusão:

O implante de uma endoprótese ramificada/fenestrada no falso lúmen é possível, e pode ser uma solução em casos selecionados de forma a ultrapassar complexidades anatómicas e eficazmente excluir o segmento aórtico aneurismático. A durabilidade deste procedimento ainda não se encontra completamente estabelecida, pelo que um follow-up cauteloso é recomendado.

^lpt^a

Introduction:

It is estimated that approximately 20 to 40% of patients with chronic type B aortic dissection (CTBAD) develop enlargement of the FL that warrants treatment. The standard endovascular treatment usually involves implant of a stent graft into the true lumen of the dissection in an effort to exclude the false lumen, with less morbidity than open surgery.

Clinical case:

The patient was a 65 year old male, with a prior history of hypertension, dyslipidemia and chronic kidney disease. He was referred to our vascular center for a CTBD, with thoracoabdominal aneurysm degeneration (Crawford type II) with a maximum diameter of 85mm. The celiac trunk, superior mesenteric and right renal artery arose from the false lumen and left renal artery from the true lumen. A three stage procedure was planned. The patient was first submitted to a carotid-subclavian bypass. Subsequently, a frozen elephant trunk procedure was undertaken and the TEVAR component was intentionally deployed on the false lumen. Lastly, a customized branched stent graft was implanted into the false lumen, with the right renal artery catheterized through a fenestration created for the effect. The angioCT at 1 month showed adequate proximal and distal sealing and permeable visceral branches. The true lumen was partially thrombosed.

Conclusion:

Implant of a branched graft into the false lumen of an aortic dissection in order to exclude a thoracoabdominal aortic aneurysm is possible, and can be a solution, with successful exclusion of the aneurysmal degeneration. The durability of this solution remains largely unknown and cautious follow-up is needed.

^len

: .

        · | |     · |     · ( pdf )