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Angiologia e Cirurgia Vascular

 ISSN 1646-706X

CORREIA, Ricardo et al. Gender differences in chronic lower limb ischemia presentation and revascularization outcomes. []. , 17, 2, pp.110-116.   30--2021. ISSN 1646-706X.

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Introduction:

Sex-specific data on outcomes after lower limb revascularization associate the female gender with worse surgical outcomes, particularly after open procedures. Women were found to be more likely to suffer from procedure complications, limb loss, and mortality than their male counterparts. This study aims to identify differences in demographic characteristics, clinical presentation and all major outcomes after lower limb revascularization between female and male patients.

Methods:

This retrospective, single-center study comprises all never-revascularized lower limbs in patients with clinically diagnosed PAD who underwent a lower limb therapeutic vascular intervention in a tertiary hospital between January 2017 and December 2018. Women's limbs Group (F) was compared against men's limbs Group (M). The primary endpoint was major amputation, and the secondary endpoints were restenosis/occlusion, vascular reintervention and overall survival. Subgroup analysis was undertaken considering open, endovascular or hybrid procedures.

Results:

Group M included 324 male lower limbs; patients had a mean age of 67,5 years. Group F included 96 female lower limbs; patients had a mean age of 71,7 years (p<0,001). There were no significant differences in cardiovascular risk factors between groups, aside from a higher prevalence of smoking in Group M and hypertension in Group F (p<0.001). 83% of Group F procedures and 79% of procedures in Group M were performed due to CLTI (p=0,321). We found no statistically significant difference between groups regarding wound or infection grading (WIfI) and femoropopliteal or BTA anatomic disease staging (GLASS). Group M was more likely to have aortoiliac (p=0,014) and common femoral artery disease (p=0.001), and Group F to have more severe BTK disease (p=0,012). Group F had a higher proportion of endovascular procedures (p<0.001). Amputation rates in Group M and Group F were 8±2% and 7±3% at 1 month, 14±2% and 16±4% at 1 year, 15±2% and 19±4% at 2 years, respectively (p=0,564). There were no significant differences in rates of procedure restenosis/occlusion between groups (p=0,395). Reintervention rates in Group M and Group F were 13±2% and 13±3% at 1 month, 21±2% and 20±4% at 1 year, 25±3% and 24±5% at 2 years, respectively (p=0,74). Overall survival in Group M and Group F was 97±1% and 93±3% at 1 month, 84±2% and 84±4% at 1 year, 77±3% and 72±5% at 2 years, respectively (p=0,443). Stratifying according to the type of vascular procedure (open, endovascular or hybrid), we found no significant difference between groups in the outcomes mentioned above.

Conclusion:

Overall, women were more likely to be older, to have more severe BTK disease, and to undergo endovascular procedures. However, this study suggests no major differences in limb outcomes for women who undergo lower limb revascularization procedures.

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Introdução:

Os resultados após revascularização de membro inferior, quando estratificados por sexo, são piores no sexo feminino, particularmente após procedimentos convencionais. As mulheres parecem ter maior probabilidade de complicações do procedimento, amputação e morte quando comparadas com os homens. Este estudo pretende identificar as diferenças nas características demográficas, apresentação clínica e principais outcomes após revascularização de membro inferior, entre doentes do sexo masculino e feminino.

Métodos:

Este estudo unicêntrico retrospetivo observacional incluiu todos os membros inferiores sem revascularização prévia em doentes com diagnóstico de DAP, que foram submetidos a um procedimento terapêutico vascular num hospital terciário, entre Janeiro de 2017 e Dezembro de 2018. O grupo do sexo feminino (Grupo F) foi comparado com o grupo do sexo masculino (Grupo M). O endpoint primário foi a amputação major e os endpoints secundários foram a restenose/oclusão diagnosticada, reintervenção vascular e sobrevida. A análise de subgrupos foi realizada após estratificação em procedimentos convencionais, endovasculares ou híbridos.

Resultados:

O Grupo M incluiu 324 membros inferiores de doentes do sexo masculino, com uma idade média de 67,5 anos. O Grupo F incluiu 96 membros inferiores de doentes do sexo feminino, com uma idade média de 71,7 anos (p<0,001). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa nos fatores de risco cardiovascular entre os grupos, com exceção de uma maior prevalência de tabagismo no Grupo M e de hipertensão no Grupo F (p<0.001). 83% dos procedimentos no Grupo F e 79% dos procedimentos no grupo M foram realizados devido a isquemia crónica com compromisso do membro (ICCM; p=0,321). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa no que diz respeito ao grau de ferida ou infeção (WIfI) e ao estadiamento anatómico de doença femoropopliteia ou abaixo do tornozelo (GLASS). O Grupo M apresentou maior prevalência de doença aorto-ilíaca (p=0,014) e da artéria femoral comum (p=0.001) e o Grupo F apresentou doença abaixo-do-joelho mais grave (p=0,012). No Grupo F observou-se uma maior proporção de procedimentos endovasculares (p<0.001). A taxa de amputação do Grupo M e no Grupo F foi de 8±2% e 7±3% a 1 mês, 14±2% e 16±4% a 1 ano, e 15±2% e 19±4% a 2 anos, respetivamente (p=0,564). Não houve diferenças significativas nas taxas de restenose/oclusão entre os grupos (p=0,395). As taxas de reintervenção no Grupo M e no Grupo F foram 13±2% e 13±3% a 1 mês, 21±2% e 20±4% a 1 ano, e 25±3% e 24±5% a 2 anos, respetivamente (p=0,74). A sobrevida no Grupo M e no Grupo F foi de 97±1% e 93±3% a 1 mês, 84±2% e 84±4% a 1 ano, e 77±3% e 72±5% a 2 anos, respetivamente (p=0,443). Estratificando de acordo com o tipo de procedimento vascular (convencional, endovascular ou híbrido), não se verificou diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos endpoints acima mencionados.

Conclusão:

De acordo com este estudo, as doentes do sexo feminino apresentam idade mais avançada e doença abaixo-do-joelho mais grave. São mais frequentemente submetidas a procedimentos endovasculares. Contudo, não parecem existir diferenças importantes nos outcomes de membro para as mulheres submetidas a procedimentos de revascularização de membro inferior.

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