17 3 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Angiologia e Cirurgia Vascular

 ISSN 1646-706X

MOREIRA, Beatriz et al. Predictors for development of peripheral arterial disease in pancreas-kidney transplant patients and impact on outcomes. []. , 17, 3, pp.223-231.   30--2021. ISSN 1646-706X.  https://doi.org/10.48750/acv.416.

^a

Introduction:

The risk of peripheral arterial disease (PAD) is significantly increased in patients with type 1 diabetes mellitus who have developed chronic kidney disease. Pancreas kidney transplantation seems to be a promising option for these patients as it corrects both dysfunctions. The traditional risk factors for PAD are well defined in the general population. However, in patients undergoing simultaneous pancreas kidney transplant (SPKT) its influence is not well characterized.

Objective:

The aim of this study was to identify possible risk factors that influence the development and progression of PAD in pancreas-kidney transplanted patients and assess the outcomes of PAD on this population.

Methods:

We made a retrospective observational study of a group of 229 patients with type I diabetes mellitus and end stage renal disease who underwent pancreas-kidney transplantation. Demographic data, years of diabetes prior to transplant, months of dialysis prior to transplant, smoking, antihypertensive drugs intake, statins intake, cerebrovascular disease, myocardial ischemia, cholesterol levels and serum levels of creatinine, cystatin C, C-reactive protein and albumin were analyzed. Analysis of patients as well as kidney and pancreatic grafts survival was performed. Data were analyzed by SPSS version 27with significance at p < 0.05.

Results:

Of the total of 216 patients included in the analysis with mean age of 46.01 ± 0.48 years, 32 patients (14,8%) developed symptomatic PAD and 23 patients (10,6%) critical limb ischemia. The major amputation rate in this subgroup was 26,1%.

Patients with PAD were characterized by higher levels of LDL-C prior to transplant (p = 0.040), which were associated with a 1.011-fold higher risk of developing the disease. Higher levels of HbA1c 6 months and 3 years after transplant were also present among PAD patients (p = 0.033 and p = 0.022), associated with a respectively 1.512- fold and 1.334-fold higher risk of developing the disease. Patients with PAD had also higher levels of Cystatin C 5 years after transplant (p = 0.015) providing a 2.405-fold higher risk of developing the disease. Additionally, myocardial ischemia was also more prevalent among patients with PAD (p = 0.037) inducing a 3.220-fold higher risk of developing the disease. Survival analysis demonstrated a trend towards lower survival and lower renal graft survival in patients with PAD.

Conclusion:

Poor metabolic control appears to be associated with the development of symptomatic PAD. Elevated levels of cystatin C were also associated with PAD and this can be an independent marker of progression of disease. Also, this study demonstrated that patients with myocardial ischemia were at higher risk of developing PAD.

^len^a

Introdução:

O risco de doença arterial periférica (DAP) encontra-se significativamente aumentado nos doentes com diabetes mellitus tipo 1 que desenvolvem doença renal crônica. O transplante reno-pancreático assume-se como uma opção promissora para esses doentes, corrigindo ambas as disfunções. Os fatores de risco tradicionais para DAP estão bem definidos na população em geral. No entanto, em pacientes submetidos a transplante reno-pancreático a sua influência não se encontra caracterizada.

Objetivo:

O objetivo deste estudo foi identificar fatores de risco que influenciassem o desenvolvimento e progressão da DAP em doentes submetidos a transplante reno-pancreático e avaliar os resultados nessa população.

Métodos:

Estudo retrospetivo observacional de 229 doentes com diabetes mellitus tipo 1 e doença renal em estadio terminal submetidos a transplante simultâneo rim-pâncreas. Os dados demográficos, tempo de duração de diabetes antes do transplante, meses de diálise antes do transplante, tabagismo, medicação anti-hipertensora, estatinas, doença cerebrovascular, isquemia miocárdica, níveis de colesterol e níveis séricos de creatinina, cistatina C, proteína C reativa e albumina foram analisados. Foi realizada análise da sobrevida dos pacientes e dos enxertos renais e pancreáticos. Os dados foram analisados pelo SPSS versão 27 com significância em p <0,05.

Resultados:

Do total de 216 pacientes incluídos na análise com média de idade de 46,01 ± 0,48 anos, 32 doentes (14,8%) desenvolveram DAP sintomática e 23 pacientes (10,6%) isquemia crítica de membro. A taxa de amputação major neste subgrupo foi de 26,1%.

Os doentes com DAP foram caracterizados por níveis mais elevados de LDL-C antes do transplante (p = 0,040), que foram associados a um risco 1,011 vezes maior de desenvolver a doença. Níveis mais elevados de HbA1c 6 meses e 3 anos após o transplante também estavam presentes entre os doentes com DAP (p = 0,033 ep = 0,022), associados a um risco respectivamente 1,512 e 1,334 vezes maior de desenvolver a doença. Doentes com DAP foram também caracterizados por níveis mais elevados de cistatina C 5 anos após o transplante (p = 0,015), proporcionando um risco 2,405 vezes maior de desenvolver a doença. Além disso, a isquemia miocárdica também foi mais prevalente entre os doentes com DAP (p = 0,037), induzindo um risco 3,220 vezes maior de desenvolver a doença. A análise de sobrevida demonstrou uma tendência de menor sobrevida e menor sobrevida do enxerto renal em pacientes com DAP.

Conclusão:

O controle metabólico deficitário parece estar associado ao desenvolvimento de DAP sintomática nesta população. Níveis elevados de cistatina C também foram associados ao desenvolvimento de DAP, podendo ser um marcador independente de progressão da doença. Além disso, este estudo demonstrou que doentes com isquemia miocárdica apresentavam maior risco de desenvolver DAP.

^lpt

: .

        · | |     ·     · ( pdf )