17 4 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Angiologia e Cirurgia Vascular

 ISSN 1646-706X

MENDES, Daniel et al. Bilateral kidney autotransplantation as a solution for multiple aneurysms of the renal arteries branches: a case report. []. , 17, 4, pp.319-324.   31--2021. ISSN 1646-706X.  https://doi.org/10.48750/acv.421.

^a

Introduction:

Renal artery aneurysms are rare clinical entities whose treatment criteria are not fully established. Endovascular treatment has gained acceptance in the case of renal artery trunk aneurysms. However, in the case of aneurysms of the renal artery branches, such procedures are often impossible due to high morbidity, so the question remains about the best treatment modality. We present a clinical case of multiple bilateral aneurysms of the renal artery branches in a young patient adequately treated with ex-vivo reconstruction and renal autotransplantation.

Case-presentation:

A 35-year-old woman was diagnosed with bilateral renal artery aneurysms during an investigation of secondary arterial hypertension (AHT). The patient underwent surgical treatment with renal autotransplantation, and the right kidney was initially treated. Transperitoneal laparoscopic nephrectomy was performed. She underwent ex vivo repair of aneurysms, on the bench, with aneurysmectomy and aneurysmorrhaphy. The graft was implanted in the right iliac fossa with anastomoses to the external iliac artery and vein.

After three months, an identical procedure was performed on the left. Upon inspection, a large aneurysm was observed in the renal artery bifurcation and another small aneurysm in one of the branches; both corrected with aneurysmec- tomy and aneurysmorrhaphy. Ex-vivo angiographic control ensured the preservation of graft arteries patency without evidence of residual aneurysms. The kidney was implanted in the left external iliac vessels uneventfully.

A study with renal scintigraphy confirmed the adequate function of both kidneys. The patient is asymptomatic at nine months of follow-up with serum creatinine and glomerular filtration rate within normal values.

Conclusion:

Renal autotransplantation with ex vivo arterial repair seems to be a good solution in treating aneurysms of the renal artery, particularly in complex cases with multiple aneurysms.

^len^a

Introdução:

Os aneurismas da artéria renal são entidades clínicas raras cujos critérios de tratamento não se encontram totalmente estabelecidos.

O tratamento endovascular tem ganho aceitação no caso dos aneurismas do tronco da artéria renal. No entanto, no caso dos aneurismas dos ramos das artérias renais tais procedimentos não são possíveis devido à elevada morbilidade, pelo que não existe consenso quanto ao melhor tratamento. Apresentamos um caso clínico de uma doente com aneurismas múltiplos dos ramos das artérias renais, bilateralmente, tratados com reconstrução ex-vivo e autotransplante renal.

Apresentação do caso:

Doente do sexo feminino de 35 anos diagnosticada com aneurismas das artérias renais bilateralmente durante a investigação de hipertensão arterial secundária. A doente foi submetida a tratamento cirúrgico sequencial com reconstrução ex-vivo e autotransplante renal tendo sido inicialmente tratado o rim direito. O procedimento cirúrgico iniciou-se pela nefrectomia laparoscópica transperitoneal. Procedeu-se à correção ex-vivo dos aneurismas “em banca” com aneurismectomia e aneurismorraLa. O enxerto foi implantado na fossa ilíaca direita com anastomoses às artéria e veia ilíacas externas sem intercorrências.

Três meses depois, foi realizado um procedimento idêntico à esquerda. À inspeção “em banca” observou-se um volumoso aneurisma na bifurcação da artéria renal e outro aneurisma de pequenas dimensões num dos ramos, ambos corrigidos com aneurismectomia e aneurismorraLa. O controlo angiográLco ex-vivo assegurou a preservação da patência das artérias do enxerto sem evidência de aneurismas. O rim foi implantado nos vasos ilíacos externos esquerdos sem intercorrências.

Foi realizado estudo com cintigrafia renal que confirmou a adequada função de ambos os rins. Aos nove meses de seguimento a doente apresenta-se assintomática com valores de creatinina sérica e taxa de filtração glomerular dentro dos valores normais.

Conclusão:

O autotransplante renal com reparação arterial ex-vivo parece ser uma boa solução no tratamento de patologia aneurismática da artéria renal, nomeadamente, nos casos complexos com múltiplos aneurismas.

^lpt

: .

        · | |     ·     · ( pdf )