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Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

 ISSN 1647-2160

MOTA, Patrícia Sofia Caldeira    SAMPAIO, Francisco Miguel Correia. Os transtornos típicos de cultura e a enfermagem transcultural: running amok. []. , 6, pp.28-35. ISSN 1647-2160.

^lpt^aEnquadramento: A Running Amok é um Transtorno Típico de Cultura (CBS) cujos maiores níveis de incidência e prevalência se verificam em países como a Malásia, bem como em outros países do Sudeste Asiático. A ocorrência de casos semelhantes tem, no entanto, vindo a ser verificada, igualmente, nas sociedades mais industrializadas. Nesse sentido, importa perceber a pertinência da Enfermagem Transcultural como perspectiva de actuação perante as CBS e, em particular, perante a Running Amok. Metodologia: A metodologia adoptada assentou, essencialmente, na revisão bibliográfica realizada, sobretudo, a partir da consulta de artigos científicos relativos à temática das CBS e da Psiquiatria Cultural e Etnopsiquiatria. Resultados: A Running Amok pode ser dividida em quatro fases: a primeira fase é caracterizada por um período de depressão e irritabilidade; na segunda fase a pessoa manifesta um impulso agressivo incontrolável; na terceira fase a pessoa apresenta um comportamento homicida; na quarta fase a pessoa experiencia um período de amnésia parcial, isto se, sobreviver ao estádio anterior. A Enfermagem Transcultural surgiu com o objectivo de promover a prestação de cuidados de Enfermagem adaptados aos diferentes contextos culturais das pessoas, pelo que se verifica que, na actualidade, a competência cultural é encarada como um elemento-chave na prestação de cuidados de saúde. Conclusões: Considerando a hipótese de integração de algumas CBS, como a Running Amok, no novo DSM-V, torna-se indispensável o estudo deste tipo de patologias, bem como a aquisição de competências culturais, por parte dos enfermeiros, para lidar com esse tipo de questões podendo, para tal, ser utilizadas como base as noções ligadas à Enfermagem Transcultural.^len^aBackground: Running Amok is a Culture-Bound Syndrome (CBS); its most relevant incidence and prevalence rates are identified in countries like Malaysia, as well as in other countries of Southeast Asia. However, the occurrence of similar cases has also been verified in industrial societies. Considering this evidence, it is imperative to understand Transcultural Nursing importance as an intervention strategy before CBS and, particularly, before Running Amok. Methods: The adopted methodology was literature review, having been consulted, mainly, scientific articles related to specific themes: CBS, Cultural Psychiatry and Ethnopsychiatry. Results: Running Amok can be divided into four stages: in the first stage, the patient is irritable and depressed; in the second stage, the patient is uncontrollably aggressive; in the third stage, the patient presents with homicidal behaviour; in the fourth stage, the patient experiences a partial amnesia period, if he/she survives to the previous stage. Transcultural Nursing emerged with the objective of promoting Nursing care adapted to different cultural contexts. So, nowadays, cultural competence is understood as a key element to formal caregiving. Conclusions: Considering the probable integration of some CBS, as Running Amok, in DSM-V, it is undeniable that nurses should study this kind of pathologies and acquire cultural competencies, in order to cope with this kind of situation. To do so, nurses can use, in the baseline, concepts related to Transcultural Nursing.

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