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Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

 ISSN 1647-2160

SEABRA, Paulo; AMENDOEIRA, José    SA, Luís. Qualidade de Vida e Saúde Mental em Consumidores de Drogas: Que Relação?. []. , 9, pp.21-28. ISSN 1647-2160.

^lpt^aA forma como cada pessoa que consome drogas vive no dia-a-dia é algo que deve ser particularmente percebido pelos técnicos de saúde, pois assim, estarão melhor preparados para cuidar. Por vezes, a prévia construção por parte dos técnicos, que os consumidores de drogas têm baixa qualidade de vida e pouca saúde mental, pode afasta-los dos seus objetivos de perceção do outro. Importa portanto, revisitar estes conceitos subjetivos e avaliar a forma como cada um perceciona e auto avalia o seu estado em determinando momento. Analisamos a relação entre, a perceção da Qualidade de Vida e Saúde mental numa amostra aleatória sistemática de 180 dependentes de opiáceos, integrados num programa de manutenção com metadona e que aceitaram responder às questões formuladas a partir de dois instrumentos. Utilizamos um instrumento que nos permite avaliar a auto perceção da Qualidade de vida - Escala de avaliação da qualidade de vida nos consumidores de substâncias em programa de substituição com metadona (Pacheco, Murcho, & Jesus, 2005) e outro que nos permite avaliar a Saúde mental - MHI-5 (Mental Health Inventory 5) (Ribeiro, 2001). É um estudo quantitativo, descritivo, correlacional, com uma abordagem transversal. A população é essencialmente masculina (n=132, 73,3%), com uma média de idade 41.06 (dp=7,58), em termos de escolaridade 31 (17,2%) tinham mais que o 9º ano, situação laboral 55 (30,6%) estavam empregados, 128 (71,1%) mantêm consumos de substâncias e 153 (85%) apresentam algum tipo de comorbilidades. O resultado apurado na amostra, para a Qualidade de Vida foi Md= 67 (P58-73) o equivale a 76,8% numa escala que admite um intervalo de 21-84 e para a Saúde Mental foi Md=19 (P15,2-23) o que equivale a 53,52% numa escala que admite um intervalo de 5-30. Utilizando o teste de Spearman obtivemos uma correlação positiva moderadamente significativa (r=,342; p<0.001). Podemos concluir que esta população consumidora de drogas apresenta valores positivos de qualidade de vida e saúde mental e os que percecionam melhor qualidade de vida tem melhor saúde mental.^len^aThe way each addict lives in day to day life, is something that should be particularly perceived by caregivers because they will be better prepared to care for. Sometimes the prior construction by the health technicians that drug users have poor quality of life and poor mental health can removes them from their perception of the other goals. Therefore, we must revisit these subjective concepts and evaluate how each one perceived and self assess their status in determining time. We analyzed the relationship between quality of life and mental health perception, in a systematic random sample of 180 opiate addicts, integrated into a methadone maintenance program and accepted to answer formulated question from two instruments. We use a tool that allows us to evaluate the quality of life self perception - Quality of life evaluation in drug addicts in methadone substitution program scale (Pacheco, Murcho, & Jesus, 2005) and the mental health assessment - MHI-5 (Mental Health Inventory 5) (J Ribeiro, 2001). It is a quantitative, descriptive, and correlational cross-sectional study. The mostly population male (n = 132, 73.3%), with a mean age of 41.06 (SD = 7.58), in terms of education 31 (17.2%) had more than 9 years, employment status 55 (30.6%) were employed, 128 (71.1%) maintain drug consumption and 153 (85%) have some type of comorbidities. The Quality of life result was Md = 67 (P58-73) the equivalent to 76.8% on a scale with a range of 21-84 and Mental Health was Md = 19 (P15,2 -23) equivalent to 53.52% on a scale with a range of 5-30. Using the Spearman test a moderately positive significant correlation was obtained (r = 342, p <0.001). We conclude that this drug addict population has quality of life and mental health positive values and those who have a better quality of life perception have better mental health.

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