10 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

 ISSN 1647-2160

MONIZ, Maria João Pereira Vargas; COSTA, Duarte Nuno Ornelas Bruges da    ORNELAS, José Henrique Pinheiro. Desinstitucionalização de seniores com doença mental: A implementação de um modelo de transição e integração na comunidade. []. , 10, pp.8-13. ISSN 1647-2160.

^lpt^aA desinstitucionalização de pessoas com doença mental de instituições psiquiátricas para a comunidade, embora encontre na sua génese de formulação teórica contributos relevantes desde o início do Século XX, continua a apresentar-se como um desafio contemporâneo renovado, devido à complexidade e multidimensionalidade da integração comunitária. Neste trabalho, descreve-se o processo de transição para a comunidade de 24 seniores com doença mental, com uma média de idades de 71 anos, com um grupo inicial composto por 13 homens e 11 mulheres com uma média de 40 anos de institucionalização psiquiátrica, tendo esta iniciativa possibilitado o encerramento do Hospital Miguel Bombarda. Descrevem-se as várias etapas e atividades do processo de transição: a) no contexto hospitalar; b) a transição; e a c) integração progressiva no novo contexto habitacional e comunitário. Para documentar todo o percurso tem vindo a construir-se um modelo formativo com variáveis independentes (caracterização demográfica/status económico e legal/ hospitalização/saúde mental/co-morbilidade) e variáveis dependentes (funcionamento diário, redes e suportes sociais, participação comunitária e status de saúde reportado e percecionado). Os dados foram estruturados a partir da análise qualitativa e descritiva do percurso individual e de grupo em T0 (transição), T1 (1 ano) e T2 (2 anos) de desinstitucionalização, enfatizando a perspetiva dos participantes, dos seus familiares e dos profissionais, bem como a consulta sistemática dos registos de funcionamento diário da residência comunitária. Os resultados demonstram um aumento gradual, continuado e significativo no envolvimento com os cuidados pessoais, na participação em atividades no espaço habitacional e em atividades regulares ou esporádicas na comunidade.^len^aOn the deinstitutionalization of people with mental illness from psychiatric institutions to the community, we find relevant contributions from the beginning of the twentieth century, but it continues to generate interest and a contemporary challenge, considering the complexity and multidimensionality of integration in a community context. In this paper, we describe the process of transition to the community of 24 seniors with mental illness, with an average age of 71 years, 13 men and 11 women in the original group and with an average 40 years of psychiatric institutionalization. This initiative enabled the closure of the Hospital Miguel Bombard, and describes the various stages and activities of the transition process: a) in the hospital b) the transition c) phasing in new housing and community context. To document the journey a formative model has been built with independent variables (demographics / economic status and legal / hospital / mental health / co morbidity) and dependent variables (daily functioning, social supports, community participation and perceived health status). The data were structured from the qualitative and descriptive analysis of individual and group travel in T0 (transition), T1 (1 year) and T2 (2 years) of deinstitutionalization, emphasizing the perspective of the participants, their families and professionals and systematic consultation of the records of daily operation of community residence. The results show a gradual, continuous and meaningful involvement with personal care, participation in activities within housing and sporadic or regular activities in the community.^les^aLa desinstitucionalización de las personas con enfermedad mental de las instituciones psiquiátricas para la comunidad e su formulación teórica encuentra aportaciones relevantes desde el principio del siglo XX. Este enfoque sigue generando interés y de presentarse como un desafío, considerando la complejidad y multidimensionalidad de la integración. Este trabajo describe el proceso de transición a la comunidad de 24 personas mayores con enfermedades mentales, con una edad media de 71 años, 13 hombres y 11 mujeres y con un promedio de 40 años de institucionalización psiquiátrica, originando el cierre del Hospital Miguel Bombarda. Describe las etapas del proceso de transición: a) en el hospital b) la transición c) la integración gradual en la vivienda y el contexto de la comunidad. Para documentar il viaje ha sido construido un modelo formativo con variables independientes (demografía / situación económica y legal/ hospitalización / salud mental y co-morbilidad) y las variables dependientes (funcionamiento diario, las redes de apoyo social, la participación comunitaria y el estado informó salud y percecionado). Los datos se estructuran a partir del análisis cualitativo y descriptivo de los viajes individuales y de grupo en T0 (transición), T1 (1 año) y T2 (2 años) de la desinstitucionalización, con énfasis en la perspectiva de los participantes, familias, profesionales y la consulta sistemática de los registros de la operación diaria de la residencia. Los resultados muestran una participación gradual, continua y significativa con el cuidado personal, la participación en actividades dentro de la vivienda y  actividades esporádicas o regulares en la comunidad.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )