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Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

 ISSN 1647-2160

COELHO, Maria Teresa Vieira    SEQUEIRA, Carlos. Comunicação terapêutica em enfermagem: Como a caraterizam os enfermeiros. []. , 11, pp.31-38. ISSN 1647-2160.

^lpt^aCONTEXTO: A comunicação terapêutica usada deliberadamente na prestação de cuidados é, ainda, um desafio para alguns enfermeiros. Essencial para a enfermagem, a comunicação terapêutica é um processo consciente que, de forma intencional, permite identificar e responder às necessidades de cada pessoa contribuindo simultaneamente para a melhoria da prática de enfermagem. Apresenta-se neste artigo parte dos resultados da tese desenvolvida no âmbito do curso de doutoramento, com o objetivo de caraterizar os itens que integram a comunicação terapêutica.  METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de enfoque quantitativo, exploratório e descritivo. Os dados foram obtidos com a aplicação de um questionário online, com a colaboração da Ordem dos Enfermeiros Portugueses (OE), ao qual responderam 448 enfermeiros. RESULTADOS: Mais de 90% dos inquiridos afirmam que a comunicação terapêutica é necessária em mais do que apenas intervenções psicoterapêuticas e, 54% concordam que toda a comunicação utilizada pelo enfermeiro é comunicação terapêutica. A quase totalidade dos enfermeiros inquiridos concorda com a maioria dos aspetos caraterizadores da comunicação terapêutica, sendo relevante que respetivamente 23,5% e 35,6% não concordam com o uso intencional e com o valor clinico autónomo da mesma. CONCLUSÕES: Pelos resultados obtidos é possível identificar uma tendência de maior concordância nos inquiridos detentores do título de especialista pela OE, com mais tempo de exercício profissional e com grau académico mais elevado. RELEVÂNCIA PARA A PRÁTICA CLÍNICA:Os resultados apresentados permitem sugerir o aprofundamento de aspetos relacionados com comunicação terapêutica na formação dos enfermeiros o que irá refletir-se na qualidade dos cuidados prestados.^les^aCONTEXTO: La comunicación terapéutica utilizada deliberadamente en la prestación de cuidados, sigue siendo un desafío para algunos enfermeros. Esencial para la enfermería, la comunicación terapéutica es un proceso consciente que intencionalmente permite identificar y responder a las necesidades de cada persona contribuyendo para mejorar la práctica de enfermería. Se presentan en este trabajo algunos resultados de la tesis desarrollada en el ámbito del Phd, con el objetivo de caracterizar elementos que comprenden la comunicación terapéutica. METODOLOGÍA: Esto es un estudio cuantitativo, exploratorio y descriptivo. Datos obtenidos con la aplicación de cuestionario en línea, con la colaboración de la Orden de los Enfermeros Portugueses (OE), contestado por 448 enfermeros. RESULTADOS: Más del 90% de los encuestados afirman que es necesaria la comunicación terapéutica en más que simples intervenciones psicoterapéuticas, y 54% acuerdan que toda la comunicación utilizada en enfermería es comunicación terapéutica. Casi todos los enfermeros encuestados están de acuerdo con la mayoría de los aspectos caracterizadores de la comunicación terapéutica, siendo relevante que, respectivamente, 23,5% y 35,6% no acuerdan con el uso previsto y el valor clínico independiente de ella. CONCLUSIONES: Los resultados obtenidos permiten identificar una tendencia de mayor acuerdo entre los inquiridos titulares de la experta de la OE, con más tiempo de práctica profesional y más alto grado académico. RELEVANCIA PARA LA PRÁCTICA CLÍNICA: Los resultados permiten sugerirla profundización de los aspectos relacionados con la comunicación terapéutica en la formación de los enfermeros que se reflejará en la calidad de la atención prestada.^len^aCONTEXT: Therapeutic communication used deliberately in care provision is still a challenge to some nurses. Essential to nursing, therapeutic communication is a conscious process that, in an intentional way, allows identification and response to the needs of each person and simultaneously contributes to the improvement of nursing practice. It is presented in this article part of the results of the thesis developed under the doctorate, with the purpose of characterizing the items which integrate therapeutic communication. METHODOLOGY: It is a study of quantitative, exploratory and descriptive focus. The data was obtained with an online survey application, with the collaboration of the Portuguese Nursing Order, to which 448 nurses responded. RESULTS: Over 90% of the inquired state that therapeutic communication is necessary in more than just psychotherapeutic interventions and 54% agree that all communication used by a nurse is therapeutic communication. Almost all the inquired nurses agree with most of the characterizing aspects of therapeutic communication and it is worth noting that respectively 23.5% and 35.6% don’t agree with the intentional use and autonomous clinical value of it. CONCLUSIONS: With the obtained results it is possible to identify a major agreement tendency in the inquired, holders of the specialist title by the Order, with more professional exercise time and a higher academic degree. RELEVANCE TO CLINICAL PRACTICE: The results presented allow us to suggest the deepening of aspects related to therapeutic communication in nursing education what will reflect on the quality of care provided.

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