2 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

 ISSN 1647-2160

MARTINS, Cristina Araújo; ABREU, Wilson Jorge Correia Pinto de    FIGUEIREDO, Maria do Céu Aguiar Barbieri. O sofrimento do regresso ao trabalho após a licença parental. []. , spe2, pp.69-77. ISSN 1647-2160.

^lpt^aCONTEXTO: A crescente participação feminina no mercado de trabalho levanta questões relacionadas com a gestão dos tempos entre responsabilidades profissionais e familiares, com particular relevância quando as mulheres se tornam mães. OBJETIVO: Este estudo procurou compreender as experiências das mães que regressam ao trabalho após o término da licença parental. METODOLOGIA: Grounded Theory, com a participação de cinco pais e cinco mães (casais). Recolha de dados a partir de entrevistas semiestruturadas, antes e após o reinício da atividade laboral materna (total de 30 entrevistas). Recolha, codificação e análise dos dados realizadas de modo simultâneo e recursivo, num processo evolutivo constante. RESULTADOS: Explicitam a difícil e desafiadora coexistência de papéis desempenhados pela mulher trabalhadora quando se torna mãe. Descrevem a categoria sofrendo com o regresso ao trabalho, que reflete a experiência da mãe ao se ver sujeita a afastar-se do filho para retomar a atividade laboral, finda a licença parental. Integram as subcategorias: angustiando-se com o regresso ao trabalho que se avizinhapercebendo a esposa perturbada com o regresso ao trabalhotendo necessidade de confortar a esposa em sofrimentovivendo conflitos no papel parentaldeparando-se com dificuldades para continuar amamentando e sofrendo menos por ter condições laborais facilitadas. CONCLUSÕES: O timing do regresso ao trabalho é especialmente crítico na transição para a parentalidade, causando sofrimento nas mães e perturbando toda a dinâmica familiar. Constitui-se, por isso, um desafio para a resiliência das mulheres e suas famílias, e deve ser objeto de intervenção de enfermagem.^len^aBACKGROUND: The increasing female participation in the labor market raises issues related to the management of time between work and family responsibilities, with particular relevance when women become mothers. OBJECTIVE: This study aimed to understand the experiences of mothers who returned to work after paid maternity leave. METHODOLOGY: Grounded Theory, with the participation of five fathers and five mothers (couples). Data collection used a semi-structured interview, before and after the mother’s return to work (total of 30 interviews). Data collection, codification and analysis were undertaken in a simultaneous and recursive manner, in a constantly evolutive process. RESULTS: Explain the difficult and challenging coexistence of roles played by the working woman when she becomes a mother. Describe the category suffering with the return to work, which reflects the experience of the mother perceiving herself withdrawn from the child in order to return to work, once parental leave expires. Integrate the subcategories: distress over the impending return to work,perceiving the wife upset over the return to workhaving the need to comfort the distressed wifeexperiencing conflict within the role of parentstumbling upon breastfeeding difficulties andsuffering less when having easier work conditions. CONCLUSIONS: The timing of the return to work is especially critical in the transition to parenthood, causing suffering in mothers and disturbing the whole family dynamic. It constitutes, therefore, a challenge to the resilience of women and their families and should be object of nursing intervention.^les^aCONTEXTO: El aumento de la participación femenina en el mercado laboral plantea cuestiones relacionadas con la gestión del tiempo entre las responsabilidades laborales y familiares, especialmente cuando las mujeresse convierten en madres. OBJETIVO: Este estudio tuvo como objetivo comprender las experiencias de las madres que regresan al trabajo después de transcurrido el permiso parental. METODOLOGÍA: Teoría Fundamentada, con la participación de cinco padres y cinco madres (parejas). Recogida de datos a partir de entrevistas semiestructuradas, antes y después de la madre reanudar la actividad laboral (total: 30 entrevistas). Colección, codificación y análisis de datosrealizados de forma simultánea y recursiva, en un proceso evolutivo constante. RESULTADOS: Explican la difícil y desafiadora coexistenciade los papelesdesempeñados por la mujer trabajadoracuando se convierte en madre. Describen la categoría sufriendo conel regreso al trabajo, que refleja la experiencia dela madre al verse obligada a apartarse del hijo para retomar la actividad laboral una vez terminado el permiso parental. Integran las subcategorías: angustiándose con el regreso al trabajo que se avecinapercibiendo la esposa perturbada con el regreso al trabajoteniendo la necesidad de reconfortar a la esposa en sufrimientoviviendo conflictos en el papel parentaldeparándose con dificultades para continuar amamantando y sufriendo menos por tener condiciones laborales facilitadas. CONCLUSIONES: El timing del retorno al trabajoes especialmente crítico en la transición a la parentalidad, causando sufrimiento en las madres y perturbando toda la dinámicafamiliar. Se constituye, por eso, un desafío para laresiliencia de las mujeres y sus familias, y debe ser objeto de intervenciones de enfermería.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )