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Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

 ISSN 1647-2160

ANTUNES, Joana; MATOS, Ana Paula    COSTA, José Joaquim. Regulação emocional e qualidade do relacionamento com os pais como preditoras de sintomatologia depressiva em adolescentes. []. , spe6, pp.52-58. ISSN 1647-2160.  https://doi.org/10.19131/rpesm.0213.

^lpt^aCONTEXTO: A adolescência é um período de risco para o desenvolvimento da sintomatologia depressiva, com a regulação emocional e a qualidade do relacionamento com os pais a desempenharem um papel importante no desenvolvimento da Depressão. OBJETIVO(S): Analisar longitudinalmente os efeitos preditores das estratégias de regulação emocional e da qualidade do relacionamento com os pais na sintomatologia depressiva. METODOLOGIA: Um total de 566 adolescentes com 13-17 anos de idade preencheram questionários em dois momentos de avaliação, com um intervalo de 6 meses. RESULTADOS: Após o controlo dos efeitos do género, as estratégias de regulação emocional e a qualidade do relacionamento com os pais (T1) explicaram 36% e 21,9% da variância da sintomatologia depressiva (T2), respetivamente. A autocrítica, a catastrofização e a ruminação foram preditoras positivas e significativas, e a reavaliação positiva e o replaneamento foram preditoras negativas significativas. Uma maior perceção de conflito nos relacionamentos com os pais e uma menor perceção de suporte no relacionamento com a mãe previu níveis mais elevados de sintomatologia depressiva. CONCLUSÕES: Os resultados apresentam implicações na prevenção e no tratamento da Depressão na adolescência, tais como abordar o uso de estratégias maladaptativas de regulação emocional e a existência de conflito no relacionamento com os pais, e aumentar os efeitos protetores associados às estratégias adaptativas de regulação emocional e à perceção de qualidades positivas nos relacionamentos.^len^aBACKGROUND: Adolescence is a time of risk for the development of depressive symptomatology, with emotional regulation and the quality of the relationship with the parents playing an important role in the development of Depression. AIM: To analyze longitudinally the predictive effects of the emotional regulation strategies and the quality of the relationship with the parents in the depressive symptomatology. METHODS: A total of 566 adolescents with 13-17 years old completed questionnaires at two moments of evaluation, with a 6-month interval. RESULTS: After controlling gender effects, emotional regulation strategies and the quality of the relationship with the parents (T1) explained 36% and 21.9% of the variance of the depressive symptomatology (T2), respectively. Self-blame, catastrophizing, and rumination were positive significant predictors, and positive reappraisal and refocus on planning were negative significant predictors. A greater perception of conflict in the relationships with the parents and a lower perception of support in the relationship with the mother predicted higher levels of depressive symptomatology. CONCLUSIONS: The results have implications for the prevention and treatment of depression in adolescence, such as addressing the use of maladaptive emotional regulation strategies and the existence of conflict in the relationship with parents, and increasing the protective effects associated with adaptive emotional regulation strategies and the perception of positive qualities in the relationships.^les^aCONTEXTO: La adolescencia es un período de riesgo para el desarrollo de la sintomatología depresiva, con la regulación emocional y la calidad de la relación con los padres a desempeñar un importante papel en el desarrollo de la Depresión. OBJETIVO(S): Analizar longitudinalmente los efectos predictores de las estrategias de regulación emocional y de la calidad de la relación con los padres en la sintomatología depresiva. METODOLOGÍA: Un total de 566 adolescentes con 13-17 años de edad llenaron cuestionarios en dos momentos de evaluación, con un intervalo de 6 meses. RESULTADOS: Después del control de los efectos del género, las estrategias de regulación emocional y la calidad de la relación con los padres (T1) explicaron el 36% y el 21,9% de la varianza de la sintomatología depresiva (T2), respectivamente. La autocrítica, la catastrofización y la rumiación fueron predictoras positivas y significativas, y la reevaluación positiva y el replanteamiento fueron predictores negativos significativos. Una mayor percepción de conflicto en las relaciones con los padres y una menor percepción de soporte en la relación con la madre predijo niveles más elevados de sintomatología depresiva. CONCLUSIONES: Los resultados presentan implicaciones en la prevención y el tratamiento de la depresión en la adolescencia, tales como abordar el uso de estrategias maladaptativas de regulación emocional y la existencia de conflicto en la relación con los padres, y aumentar los efectos protectores asociados a las estrategias adaptativas de regulación emocional y a la percepción de cualidades positivas en las relaciones.

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