22 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

 ISSN 1647-2160

FARIA, Sara; QUEIROS, Cristina; BORGES, Elisabete    ABREU, Margarida. Saúde mental dos enfermeiros: Contributos do burnout e engagement no trabalho. []. , 22, pp.09-18. ISSN 1647-2160.  https://doi.org/10.19131/rpesm.0258.

^lpt^aINTRODUÇÃO: As novas exigências profissionais e laborais na Enfermagem constituem fatores de risco para a saúde mental dos enfermeiros, cujas consequências individuais podem ser o burnout e a desmotivação no trabalho, bem como, a nível organizacional, a qualidade dos cuidados prestados. OBJETIVO: Conhecer os níveis de burnout e de engagement numa amostra de enfermeiros, a sua inter-relação e variação em função de características sociodemográficas/laborais. MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e correlacional, desenvolvido no âmbito do projeto INT-SO “Dos contextos de trabalho à saúde ocupacional dos profissionais de enfermagem”. Foram aplicadas versões portuguesas do Maslach Burnout Inventory e da Utrecht Work Engagement Scale, e um questionário de caracterização sociodemográfica/laboral a 346 enfermeiros do distrito do Porto, com participação anónima e voluntária. RESULTADOS: Encontraram-se níveis elevados de engagement, moderados de exaustão emocional e baixos de despersonalização, existindo 54% de enfermeiros com nível baixo de burnout, 36% com moderado e 9% com elevado. O burnout diminui com a idade e anos de serviço, surge associado a turnos rotativos, a trabalhar em hospitais, tem correlação negativa com o engagement e prediz mais fortemente o engagement (entre 19,6 e 39,6%) do que o inverso (entre 7,5 e 37,9%). CONCLUSÕES: A existência de 9% de enfermeiros em burnout confirma este grupo como em risco do adoecer psicológico. Os resultados apontam para a importância da saúde mental dos enfermeiros no contexto de trabalho, reforçando a prevenção do burnout e valorizando a saúde mental positiva expressa nas dimensões do engagement dedicação e vigor dos enfermeiros.^len^aBACKGROUND: The new professional and labour demands in nursing are risk factors for nurses' mental health, having as individual consequences burnout and job disengagement, as well as, at the organizational level, the quality of care provided. AIM: To identify the levels of burnout and engagement in a sample of nurses, its interrelationships and its variation according sociodemographic/labour characteristics. METHODS: A cross-sectional, descriptive and correlational study was developed under the project INT-SO "From work contexts to nursing professionals' occupational health. We applied Portuguese versions of Maslach Burnout Inventory and Utrecht Work Engagement Scale, and a questionnaire to demographic/labour characterization to 346 nurses in Porto district, with anonymous and volunteer participation. RESULTS: We found high levels of engagement, moderate emotional exhaustion and low depersonalization, having 54% of nurses a low level of burnout, 36% a moderate and 9% a high level. Burnout decreases with age and job experience, it is associated with rotating shifts, working in hospitals, has negative correlation with the engagement, and predicts more strongly engagement (between 19,6 and 39,6%) than the reverse (between 7,5 and 37,9%). CONCLUSIONS: The existence of 9% of nurses in burnout confirms this group as at risk of the psychologic sickness. The results point to the importance nurses' mental health of in the context of work, strengthening the prevention of burnout and valuing the positive mental health expressed in the dimensions of engagement nurses' dedication and vigour.^les^aINTRODUCCIÓN: Las nuevas demandas profesionales y ocupacionales en enfermería constituyen factores de riesgo para la salud mental de los enfermeros, cuyas consecuencias individuales pueden ser agotamiento y desmotivación en el trabajo, así como, a nivel organizativo, la calidad de los cuidados proporcionados. OBJETIVO: Conocer los niveles de agotamiento y motivación en una muestra de enfermeras, su interrelación y su variación segundo características sociodemográficas/profesionales. METODOLOGÍA: Estudio transversal, descriptivo y correlacional, desarrollado bajo el proyecto INT-SO "Desde los contextos de trabajo hasta la salud ocupacional de profesionales de enfermería". Se aplicaron versiones portuguesas de Maslach Burnout Inventory y Utrecht Work Engagement Scale, y un cuestionario de caracterización sociodemográfica/laboral a 346 enfermeros en el distrito de Porto, con participación anónima y voluntaria. RESULTADOS: Se encontraron altos niveles de motivación, moderado agotamiento emocional y baja despersonalización, con 54% de enfermeros con nivel bajo de burnout, 36% con moderado y 9% con alto. El agotamiento disminuye con la edad y años de servicio, se asocia con turnos rotativos, a trabajar en hospitales, tiene correlación negativa con la motivación y predice más fuertemente la motivación (entre 19,6 y 39,6%) y non tanto lo inverso (entre 7,5 y 37,9%). CONCLUSIONES: La existencia de 9% de enfermeros en burnout confirma este grupo como de riesgo para la enfermedad psicológica. Los resultados señalan la importancia de la salud mental de los enfermeros en el contexto de trabajo, fortaleciendo la prevención de burnout y la valoración de la salud mental positiva, expresada en las dimensiones de motivación dedicación y vigor de los enfermeros.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License