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Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental

 ISSN 1647-2160

TEIXEIRA, Ana; AUGUSTO, Maria Cristina; BARROSO, Cristina    CARVALHO, António Luís. Competências Emocionais nos Enfermeiros de Saúde Mental: Contributos da implementação de um modelo de supervisão clínica. []. , 28, pp.71-86.   31--2022. ISSN 1647-2160.  https://doi.org/10.19131/rpesm.347.

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Contexto:

A Competência Emocional (CE) é definida como um conjunto de conhecimentos, capacidades, habilidades e atitudes necessárias para compreender, expressar e regular de forma apropriada os fenómenos emocionais, bem como realizar diversas atividades com elevado nível de qualidade e eficácia. No contexto de Saúde Mental, esta competência assume relevância pela sua natureza inerente ao exercício profissional, com ação privilegiada a nível das competências interpessoais e relação terapêutica. O desenvolvimento e implementação destas competências no contexto da prática, permite aumentar os ganhos para a organização, cliente de cuidados e saúde mental dos enfermeiros. Existem poucos estudos que avaliam a utilização da supervisão clínica como estratégia de suporte formal para o desenvolvimento destas competências nos enfermeiros quer a nível do contexto da formação inicial ou contínua.

Objetivo:

Avaliar a implementação do Modelo SafeCare no desenvolvimento de competências emocionais nos enfermeiros de um serviço de Saúde Mental.

Métodos:

Estudo misto caracterizado pela triangulação concomitante, contemplando um estudo quantitativo descritivo, seguido de realização de entrevistas semiestruturadas.

Resultados:

Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois momentos. Na análise de conteúdo efetuada, os enfermeiros identificam mudanças positivas ao nível do seu desenvolvimento pessoal e profissional, comunicação em equipa, gestão de conflitos e dos relacionamentos em grupo. Reportam ainda alterações na qualidade de cuidados e na organização.

Conclusões:

A implementação do Modelo SafeCare mostrou ter contribuído para o desenvolvimento das competências emocionais nos enfermeiros num contexto de Saúde Mental, contudo, futuros estudos serão necessários para aprofundar a eficácia da implementação do modelo.

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Background:

Emotional Competence (EC) is defined as a set of knowledge, skills, abilities and attitudes necessary to understand, express and adequately regulate emotional phenomena, as well as perform various activities with a high level of quality and effectiveness. This competence is highly relevant in mental health environments, strongly influencing interpersonal competencies and the therapeutic relationship. The development and implementation of these competencies in clinical practice produces gains to the organization, patient and nurses’ mental health. There are few studies assessing clinical supervision as a formal support strategy to the development of these competencies in nurses either at an initial or continuing training.

Aim:

To evaluate the implementation of the SafeCare Model in the development of the emotional competence of nurses of a Mental Health service.

Methods:

Mixed study characterized by concomitant triangulation, including a descriptive quantitative study, followed by semi-structured interviews.

Results:

No statistically significant differences were found between the two moments. In the content analysis nurses identified positive changes in their personal and professional development, team communication, conflict management and relationships between groups. They also reported changes in the quality of care and in the organizations.

Conclusions:

The implementation of the SafeCare Model has very likely contributed to the development of nurses’ emotional competence in a Mental Health context. However, further research is needed to improve efficacy of the model implementation.

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Contexto:

De la Competencia Emocional (CE) forman parte un conjunto de conocimientos, capacidades, habilidades y actitudes necesarias para comprender, expresar y controlar de forma adecuada aspectos emocionales, así como realizar distintas actividades con un gran nivel de eficacia. De acuerdo con la Salud Mental, esta competencia adquiere importancia por su naturaleza inherente al ejercicio profesional, con acción privilegiada a nivel de las relaciones interpersonales y relaciones terapéuticas.

El desarrollo y la implementación de esas competencias en perspectiva práctica, permite mejorar la organización, los cuidados con el enfermo y la salud mental de los enfermeros. Hay pocos estudios que evalúan la supervisión clínica como proceso regulable para el desarrollo de las destrezas en los enfermeros en un nivel inicial y en un nivel avanzado.

Objetivo(s):

Evaluar la eficacia del Modelo SafeCare en el desarrollo de las competencias emocionales de los enfermeros en la Salud Mental.

Metodología:

Estudio mixto que privilegia un estudio cuantitativo descriptivo y entrevistas semiestructuradas.

Resultados:

No existen diferencias estadísticas significativas entre los dos momentos. Teniendo en cuenta el análisis del contenido, los enfermeros identifican cambios positivos a nivel de su desarrollo personal y profesional, comunicación en equipo, gestión de conflictos y relaciones grupales. Refieren también alteraciones en la calidad de los cuidados ofrecidos y en la organización.

Conclusiones:

La implementación del Modelo SafeCare contribuyó para el desarrollo de las competencias emocionales en los enfermeros en el contexto de Salud Mental, sin embargo, serán necesarios más estudios que nos permitan además demostrar la eficacia de la implementación del modelo.

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