Objetivo da Investigação:

O objetivo desse trabalho é a aplicação ao território português da metodologia de classificação climática utilizada por Novais (2019).

Metodologia:

Esta metodologia usa dados de reanálise ERA-Interim do algoritmo CHELSA, possibilitando um maior detalhe na informação climatológica da área de estudo e cria uma cascata multiescalar diversa consoante a escala espacial de análise pretendida possibilitando que à medida que aumentamos a escala espacial de análise consigamos observar as características específicas desses lugares. Para conseguir os valores de evapotranspiração potencial foi utilizado o método de Thornthwaite e Matter (1955). Os níveis hierárquicos considerados neste trabalho foram: (1º) Zona Climática, (2º) Clima Zonal, (3º) Domínio Climático, 4º) Subdomínio Climático, 5º) Tipo Climático e 6º) Subtipo Climático. Foram gerados dois modelos cartográficos no software Dinamica EGO. Os resultados obtidos foram convertidos em vetores e sobrepostos criando a base analítica para a definição das unidades climáticas em Portugal.

Resultados:

No território português foram identificados 3 domínios climáticos: Tropical Ameno, Subtropical e Temperado. Esses Domínios foram divididos em 4 subdomínios climáticos, considerando-se a quantidade de meses secos: úmido, semiúmido, semisseco e seco; localizados em 3 tipos Climáticos: o oceânico, o continental e o mediterrâneo. Por último, foram delimitados 125 subtipos climáticos a partir das unidades geomorfológicas.

Originalidade/Valor:

A delimitação espacial de cada um dos domínios e subdomínios climáticos em Portugal, resultantes desta metodologia, pode ser um complemento útil para tomada de decisão no ordenamento do território a várias escalas espaciais, além de dar mais um contributo para alargar o âmbito da aplicação desta metodologia ao continente europeu.

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