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Da Investigação às Práticas

 ISSN 2182-1372

BAE, Berit. O direito das crianças a participar: desafios nas interações do quotidiano. []. , 6, 1, pp.7-30. ISSN 2182-1372.

^lpt^aNeste artigo pretende-se ilustrar o modo como o direito das crianças à participação se evidencia em documentos legais em vigor no domínio da educação da primeira infância na Noruega. Questões relativas às opiniões das crianças, à sua compreensão dos conceitos de democracia e de jogo, que influenciam a forma como esse direito é vivido nas práticas da infância, são tomadas como ponto de partida para discutir possíveis armadilhas. Com base na análise de um estudo qualitativo em profundidade em dois jardins de infância noruegueses (crianças entre 3-6 anos), são apresentados esses dois exemplos para discutir a participação das crianças, que inclua mais do que escolhas de rotinas individualistas. O artigo remata com um olhar crítico sobre conceptualizações utilizadas nas práticas com crianças, quer em contexto de jardim de infância, quer em contexto de investigação, argumentando-se no sentido de justificar a necessidade de autorreflexão crítica entre os pesquisadores da área.^len^aThe article starts by illustrating how children’s right to participation comes to the fore in legal documents regulating the field of early childhood education in Norway. Issues regarding the views of children, understanding of democracy and of play, which influence how this right is realised in early childhood practice, are taken as a point of departure to discuss possible pitfalls. Based on analyses from an in-depth qualitative study in two Norwegian kindergartens (children aged three to six), two examples are presented to argue an understanding of children’s participation which include more than individualistic choice routines. The article is rounded off by taking a critical look at conceptualisations used in early childhood practice and research, arguing that there is a need for critical self- reflection amongst researchers in the field.^lfr^aCet article commence par une illustration de la façon dont le droit à la participation des enfants se manifeste dans les textes officiels relatifs à l’éducation de la petite enfance en Norvège. Des questions telles que les points de vue des enfants, la compréhension de la démocratie et du jeu, qui influent sur la manière dont ce droit est mis en oeuvre dans la pratique avec de jeunes enfants, constituent le point de départ d’une discussion sur les pièges possibles. Basés sur des analyses issues d’une étude qualititive appronfondie, menée dans deux jardins d’enfants norvégiens (enfants âgés de trois à six ans), deux exemples sont présentés pour argumenter une vision de la participation des enfants qui va plus loin que des routines portant sur des choix individuels. Cet article se termine par un regard critique sur les conceptualisations utilisées dans la recherche et la pratique dans le champ de la petite enfance, et la nécessité d’une auto-réflexion critique entre les chercheurs dans ce champ.

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