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Da Investigação às Práticas

 ISSN 2182-1372

BARROSO, Isabel et al. Estudo sobre as diferenças interativas e comunicativas das educadoras e das mães com crianças em idade pré-escolar. []. , 7, 1, pp.41-62. ISSN 2182-1372.

^lpt^aOs educadores de infância, na ausência dos pais, asseguram cuidados e garantem o bem estar da criança assim como a sua educação e desenvolvimento. A criança estabelece com a maioria dos educadores uma relação afetiva privilegiada mas não de vinculação. O estudo das diferenças e semelhanças entre estes dois tipos de relação permite averiguar a diversidade de relações proporcionadas à criança e o contributo da formação profissional das educadoras no estabelecimento da relação com as crianças. Neste estudo, mães e educadoras são observadas independentemente, na mesma situação quasi-experimental com a criança, como parceiros numa atividade lúdica de construção, sendo analisada a qualidade interativa e comunicativa das díades. Para o efeito, foi pedido a 19 díades mãe-filho(a) e 22 díades educadora-criança que realizassem, em 20 minutos, um produto à sua escolha com os materiais e ferramentas disponibilizados. As crianças tinham entre 3 e 5 anos e não apresentavam problemas de desenvolvimento. Pretendia-se: 1) descrever e comparar os produtos realizados pelas díades mãe-criança e educadora-criança, bem descrever como as escolhas de materiais; 2) comparar a qualidade interativa das mães e das educadoras quanto à empatia, atenção, reciprocidade, cooperação, elaboração/fantasia e desafio proposto; e 3) a qualidade da comunicação quanto ao uso de sugestões, perguntas, ordens, elogios e críticas. Os dados indicam que as educadoras deram mais espaço para a atuação da criança, enquanto as mães procuraram cumprir o tempo da tarefa e aprimorar o produto com as crianças. As mães usaram o reforço verbal para organizar a atividade, impor limites/regras e motivar a criança, enquanto as educadoras recorreram à comunicação oral para transmitir conteúdos e dirigir a atividade.^len^aThe educators, in the absence of parents, provide and ensure the welfare of the child as well as their education and development. Educators are children significant emotional figures but parents are attachment figures. The study of behavioral differences and similarities between educators and mothers can contribute to our knowledge about these two types of relationships and to observe how the educators training can contribute for their interaction with the children. In this study, mothers and educators are observed independently in the same semi experimental situation with the child, as partners in a playful activity of construction, and the interactive and communicative quality of dyads is analyzed. For this purpose, 19 dyads mother - child and 22 teacher - child dyads were asked to make in 20 minutes a product of their choice with the materials and tools available. The children were between 3 and 5 years old without developing problems. The aims of this study was to: 1) describe and compare the products made by the mother and educator dyads’, as well as their choice of materials; 2 ) compare the quality of mothers and educators’ interaction as well as their empathy, attention, reciprocity, cooperation, development/fantasy and proposed challenge; and 3) the quality of communication as well as suggestions, questions, directions and positive or negative feedback. Our findings indicate that the educators allow and support the child's actions while mothers were more focused on compliance with the time and product improvement. Mothers used the verbal reinforcement to organize the activity, to set limits/rules and to motivate the child while the educators relied on verbal communication to introduce contents and organize the activity.^lfr^aLa recherche sur la qualité des interactions, la communication et l’activité entre enfants et adultes, s’est développé en grande partie autour des figures féminines, restant à clarifier le rôle des hommes comme partenaires affectives et promoteurs du développement et bien-être de l’enfant. Nous avons voulu étudier le comportement des éducateurs et des pères avec des enfants âgés de 3 à 5 ans, sans problèmes de développement. En cette étude, 10 éducateurs (avec une fille et avec un garçon) et 17 pères (avec son fils ou sa fille) ont été observés indépendamment, dans la même situation semi-expérimentale. Nous leur avons demandé de réaliser en 20 minutes un produit, à sa guise, avec les matériels et les outils mis à leur disposition. Nous prétendions une description et comparaison entre les deux groupes relative : i) aux produits réalisés et les matériels et outils utilisés ; ii) à l’empathie, attention, réciprocité, coopération, élaboration/fantaisie et défi proposé ; et iii) à la qualité de la communication verbal. L’étude indique l’existence de styles d’activité et coopération distinctes dans les deux groupes étudiés. Comparativement aux pères, les éducateurs ont stimulé davantage l’exploration de nouveaux problèmes et concepts. Dans les dyades père-enfant les produits avaient été réalisés faisant recours à plus d’outils et ils avaient plus d’éléments. En plus, les pères ont émis plus des questions de processus et des éloges comparativement aux éducateurs qui, a leur tour, ont émis plus des questions de contenu, suggestions et critiques. À la lumière de la recherche antérieure, nous avons réfléchi sur les rôles des figures masculines dans l’éducation de la petite enfance et dans la famille, et son apport au développement de l’enfant.

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