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Da Investigação às Práticas

 ISSN 2182-1372

MARTINS, Maria José D.; SIMAO, Ana Margarida Veiga    ESTEVAO, Beatriz. Conceções sobre as noções de justiça e de tribunal em crianças dos 6 aos 10 anos: a voz das crianças. []. , 10, 2, pp.50-68. ISSN 2182-1372.  https://doi.org/10.25757/invep.v10i2.223.

^lpt^aA maioria dos países europeus, incluindo Portugal, considera a educação para a cidadania uma componente curricular obrigatória associada à democracia e à justiça social. A convenção dos direitos da criança e a legislação portuguesa admitem a audição da criança em procedimentos civis e criminais no tribunal. Assim, esta investigação teve como finalidade compreender quais as conceções que as crianças têm dos conceitos de justiça e de tribunal e a sua evolução dos  6 aos 10 anos. Entrevistaram-se 146 crianças a frequentar o 1.º Ciclo do Ensino Básico. A  maioria das crianças do 1.º e 2.º ano não foi capaz de definir esses conceitos; as do 3.º e 4.º ano equacionam a justiça apenas como retributiva e o tribunal como local de punição dos que praticam crimes. Os resultados são discutidos em termos das implicações para a educação para a cidadania na escola e da participação da criança nos vários contextos em que se move, nomeadamente a possibilidade de ser ouvida em tribunal.^len^aMost European countries, including Portugal, consider education for citizenship to be a mandatory curricular component associated with democracy and social justice. The Convention on the rights of the child and Portuguese law allow the hearing of the child in civil and criminal proceedings in court. Thus, this research aimed to understand what the children's conceptions about justice and court and their evolution from 6 to 10 years old. 146 children attending a primary school were interviewed. The majority of children in the 1st and 2nd grades considers justice as retributive and court as a place of punishment for those who commit crimes. The results are discussed in terms of the implications for citizenship education at school and the child's participation in in the several settings of their lives, namely the possibility to be heard in court.^lfr^aLa plupart des pays européens, dont le Portugal, considèrent l'éducation à la citoyenneté comme une composante obligatoire du programme d'études associée à la démocratie et à la justice sociale. La Convention relative aux droits de l'enfant et la loi portugaise autorisent l'audition de l'enfant dans les procédures civiles et pénales devant les tribunaux. Ainsi, cette enquête visait à comprendre ce que les enfants comprennent sur les concepts de justice et de cour et leur évolution de 6 à 10 ans. 146 enfants ont été interrogés lors du 1er cycle de l'enseignement primaire. La plupart des enfants des 1re et 2e années n'étaient pas en mesure de définir ces concepts; ceux des 3e et 4e années ont assimilé la justice comme punitive et le tribunal comme lieu de punition pour ceux qui commettent des délits. Les résultats sont discutés en termes d'implications pour l'éducation à la citoyenneté à l'école et la participation de l'enfant dans les différents contextes de sa vie, nominativement la possibilité d'être écoutée au tribunal.^les^aLa mayoría de los países europeos, incluido Portugal, consideran que la educación para la ciudadanía es un componente curricular obligatorio asociado con la democracia y la justicia social. La Convención sobre los Derechos del Niño y la ley portuguesa permiten la audiencia del niño en los procesos civiles y penales en los tribunales. Así, esta investigación tuvo como objetivo comprender cuáles son las nociones de los niños sobre los conceptos de justicia y corte y su evolución desde los 6 hasta los 10 años. Se entrevistó a 146 niños que asistieron al primer ciclo de educación básica. La mayoría de los niños de 1º y 2º grado no pudieron definir estos conceptos; aquellos en los grados tercero y cuarto equiparan la justicia como retributiva y la corte como un lugar de castigo para aquellos que cometen delitos. Los resultados se discuten en términos de las implicaciones para la educación para la ciudadanía en la escuela y la participación del niño en diversos contextos, nominalmente la possibilité de ser escuchado en la corte.

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