sp21International urban agendas and sustainable integrated urban development in developing countries: the case of Brazil 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


CIDADES, Comunidades e Territórios

 ISSN 2182-3030

PINHEIRO, Catarina de Almeida. A sustentabilidade no território difuso: reflexões sobre o caminho a seguir. []. , sp21, pp.139-156.   15--2021. ISSN 2182-3030.  https://doi.org/10.15847/cct.20487.

^a

A sustentabilidade entrou para a agenda-setting mediática, e por via disso do planeamento, com o relatório de Brundtland em 1987, cujas preocupações foram renovadas com a Declaração do Rio em 1992. Os 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos em 2015 constituem o guia mais recente para a transformação sustentável do Mundo. A sustentabilidade das áreas urbanas assume especial preocupação face ao crescente aumento da extensão espacial, dos contingentes populacionais e das modificações ecológicas que acarretam. Atendendo às relações de interdependência no funcionamento do sistema ecológico, a sustentabilidade urbana demanda uma visão holística e sistémica do território e a adoção de um pensamento relacional. Para mais, obriga à erradicação da visão das cidades enquanto ‘ilhas estéreis’, que nega categoricamente às áreas urbanas a capacidade de desempenhar qualquer função ecológica. E, ainda, ao abandono de velhas dicotomias (e.g., cidade/campo, urbano/rural), que não captam a complexidade do território, particularmente em contextos de urbanização de difusa, como sucede no Noroeste de Portugal (conhecido como Minho), onde desde sempre se verificou uma continuidade entre a cidade e o campo e uma permeabilidade de funções. Face ao exposto, procura-se colocar em evidência os desafios na operacionalização e alcance da sustentabilidade no quadro específico da urbanização difusa, assim como promover o debate - nem endeusado, nem demonizado - sobre esta realidade urbana tão singular.

^lpt^a

Sustainability entered on media's agenda, and by that on territorial planning, with the Brundtland report in 1987. These preoccupations were renewed with Rio Declaration in 1992. The 17 Sustainable Development goals defined in 2015 constitute the most recent guide to the sustainable transformation of the world. Urban sustainability assumes especially concern given the continuous increase of spatial extent, population, and ecological transformations. Considering the interdependences on ecological functioning, urban sustainability demands a holistic and systemic view of the territory and the adoption of relational thinking. In addition, it also requires the eradication of the common vision of cities as 'sterile islands', which denies categorically the ability of urban areas to perform any ecological function. As well, the abandonment of old dichotomies (e.g., city/country, urban/rural), which do not capture the complexity of the territory, in particularly the diffuse urbanization context characteristic of the Northwest of Portugal (known as Minho). Where the continuity between the city and countryside and the permeability of functions always has been present. In this context, we seek to highlight the challenges in operationalization and achieving sustainability in the specific context of diffuse urbanization. Concurrently, we intend to promote a debate - neither deified nor demonized - about this unique urban reality.

^len

: .

        · | |     · |     · ( pdf )