44Using multi-criteria analysis for smart city assessment 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


CIDADES, Comunidades e Territórios

 ISSN 2182-3030

GONZALEZ, Sara Calado; DIAS, Ricardo Cunha    SEIXAS, Paulo Castro. As crianças no planeamento urbano participativo: perceções institucionais a partir dos municípios de Almada e Sintra. []. , 44, pp.180-195.   15--2022. ISSN 2182-3030.  https://doi.org/10.15847/cct.24339.

^a

Este texto analisou as perceções institucionais sobre a participação das crianças no planeamento urbano municipal. Metodologicamente, a pesquisa adotou uma estratégia qualitativa através da realização de 7 entrevistas com atores políticos e técnicos dos Municípios de Almada e Sintra ligados ao planeamento urbano, as quais foram depois alvo de uma análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram que os atores municipais ainda percecionam muito as crianças num paradigma de dependência, em que o brincar e o cuidar são os principais direitos à cidade reconhecidos, não havendo, por via de uma participação efetiva no planeamento urbano, uma articulação com direitos cívicos e políticos. Assim, ao mesmo tempo que a importância de incluir a participação das crianças no planeamento urbano faz já parte do discurso institucional, a partilha de poder e responsabilidade nas decisões não é ainda visível nos projetos existentes, evidenciando uma problemática entre o paradigmático (a criança como um sujeito de direitos) e o pragmático (a criança como instrumento geralmente de performance política ou no máximo de consulta e informação).

^lpt^a

This article analyses the institutional awareness of children's perceptions within municipal urban planning, based on qualitative methods. Within this framework, 7 interviews have been conducted with political actors and administrative staff which are all connected to urban planning strategies in the municipalities of Almada and Sintra. In course of this, a content analysis of the gathered data has been undertaken, through which the following results have been reached: municipal actors continue to emancipate a vision of children's participation in a dependent paradigm, where playing and actively engaging remain the core rights recognized by the city. This is articulated through the need of effective participation in urban planning as it occurs of relevance within institutional discourses, where the sharing of power and responsibility in decision-making dynamics are not yet implemented. This issue exposes a matter between paradigmatic and pragmatic conceptions: the child as a subject of rights, and the child as an instrument of general political performance (or the maximum of consultation and information).

^len

: .

        · | |     · |     · ( pdf )