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CIDADES, Comunidades e Territórios

 ISSN 2182-3030

LACERDA-NOBRE, Ângela et al. Economia Política e o Renascimento contemporâneo: desafios e oportunidades. []. , sp23, pp.92-104.   10--2023. ISSN 2182-3030.  https://doi.org/10.15847/cct.28010.

Em tempos de crise severa, ocorrem fenómenos de emergência, que se caracterizam por repensar de forma disruptiva os pressupostos anteriores, tomados como certos. O objetivo do presente texto é explorar o papel desempenhado pela produção científica do campo da economia política como um contributo relevante para fomentar o debate sobre os fenómenos renascentistas das sociedades contemporâneas, ao nível das cosmogonias dominantes que condicionam a ação e o pensamento políticos. A escola de pensamento da economia institucional aborda as relações sociais e a intersubjetividade como instâncias estruturantes que condicionam o que é e o que não é possível ser pensado, concebido, reconhecido e acionado. As metodologias de pesquisa de inquérito aberto ajudam a abordar a profusão de significados que emergem dos atuais contextos turbulentos. A morte e a decadência fazem parte dos ciclos naturais dos sistemas vivos, dando origem a novas formas de crescimento e a novos modos de existência. A modernidade e o pensamento antigo, nas culturas ocidentais, criaram uma separação entre cosmogonias e cosmovisões que rejeitam ou aceitam o determinismo e o fatalismo. Kairós, entendido como a qualidade e a experiência existencial da passagem do tempo, em oposição a Chronos, a ideia quantitativa e sequencial do tempo, são fundamentais para contrastar as influências deterministas. A questão crucial é que tanto Kairós quanto Chronos, tanto Modernidade quanto Antiguidade, e também influências determinísticas e não determinísticas ajudam a explicar como crises, individuais e coletivas, institucionais e civilizacionais, locais e globais, dão origem à novidade, à emergência e à renovação. Tal efeito renascentista está presente nos tempos atuais.

: mapeamento de cosmogonias; recursos visuais da economia política; raciocínio disruptivo; fenómenos renascentistas contemporâneos.

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