29 4 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

MOTA, Carla Lopes da    BECA, Helena Paula. Análise sumária de urina de rotina: porquê e para quê?. []. , 29, 4, pp.244-248. ISSN 2182-5173.

^lpt^aObjectivo: Determinar qual o benefício da análise sumária de urina no rastreio de adultos assintomáticos, à luz da melhor evidência disponível. Fontes de dados: Cochrane Library, Trip Database, Dare, National Guideline Clearinghouse, Finland Evidence Based Medicine Guidelines, PubMed, UpToDate, Index de Revistas Médicas Portuguesas e nas citações relacionadas. Métodos de revisão: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados citadas, utilizando os termos MeSH urinalysis e mass screening. A pesquisa foi limitada aos artigos publicados até Março de 2012, em inglês e português. Para avaliar o nível de evidência e a força de recomendação foi utilizada a taxonomia SORT (Strength of Recommendation Taxonomy) da American Academy of Family Physicians. Resultados: Foram encontrados 459 artigos e seleccionados, por cumprirem os critérios de inclusão, uma revisão sistemática, dois artigos originais, duas normas de orientação clínica e um artigo de revisão. Após a sua análise, verifica-se que, apesar de ser um exame frequentemente pedido, a alteração à orientação clínica previamente definida ocorre em menos de 5% dos casos, implicando nestes a realização de novos exames complementares de diagnóstico mais onerosos e invasivos sem benefício relevante para a maioria dos utentes. Conclusões: O uso da análise sumária de urina, como teste de rastreio em adultos assintomáticos, não demonstrou benefício, pelo que não está recomendado (SOR A). A evidência contra o seu uso sistemático é clara, consistente e tem já várias décadas, como comprovado pela data de realização dos estudos apresentados e pela inexistência de estudos recentes. No entanto, em Portugal mantém-se a realização deste teste nas mais diferentes circunstâncias, como “rotina” ou estudo pré-operatório, pelo que se sugere a definição de novas regras na sua utilização.^len^aObjectives: To determine the benefit of urinalysis in screening asymptomatic adults from the best evidence available. Data Sources: Cochrane Library, Trip Database, Dare, National Guideline Clearinghouse, Finland Evidence Based Medicine Guidelines, PubMed, UpToDate, Index of Medical Portuguese Journals and related citations. Review Methods: Search for articles and related citations using the MeSH terms urinalysis and mass screening, published until March of 2012, in English and Portuguese. The Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) scale of the American Academy of Family Physicians was used for assigning levels of evidence and the strength of recommendation. Results: The search produced a total of 459 articles. Six met the inclusion criteria. These included one systematic review, two original studies, two clinical practice guidelines, and one review article. Although urinalysis is frequently ordered, a change in management occurs in less than 5% of the cases after the test. It may lead to the ordering of other more expensive and invasive diagnostic tests. Conclusions: Urinalysis as screening test in asymptomatic adults is not beneficial for patients. It is not recommended as a screening test (SOR A). The evidence against systematic use has been clear for several decades. In Portugal it is commonly requested as a «routine» or preoperative test. In the light of published evidence, new guidelines seem necessary.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License