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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

SILVA, Ana Isabel et al. Prevalência e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida da mulher. []. , 29, 6, pp.364-376. ISSN 2182-5173.

^lpt^aObjetivos: A incontinência urinária é um problema de saúde com repercussões multidimensionais que interferem negativamente na qualidade de vida das mulheres. É frequentemente subdiagnosticada e não tratada. Neste sentido, pretende-se determinar a prevalência da incontinência urinária, avaliar o impacto desta patologia na qualidade de vida e a sua eventual associação com fatores epidemiológicos. Tipo de Estudo: transversal analítico. Local: unidades funcionais onde trabalham os autores. População: amostra de 1.918 mulheres com mais de 40 anos. Métodos: As variáveis estudadas foram: idade, estado civil, escolaridade, índice de massa corporal, número de filhos, tipo de incontinência, duração, referência do problema ao médico e sua orientação. O impacto na qualidade de vida foi avaliado através do questionário CONTILIFE©. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS 20.0®. Usaram-se como testes paramétricos o teste t Student e a correlação de Pearson e como teste não paramétrico o método de Spearman. Adotou-se um nível de significância estatística de p = 0,05. Resultados: Das 1.291 mulheres inquiridas (idade média 60 anos), 23% tinham incontinência e a sua qualidade de vida global foi diminuída para 6,7 (em 10). O impacto na qualidade de vida aumenta (p = 0,05) com o índice de massa corporal e com o número de partos. Das 38% mulheres com incontinência que abordaram esta questão com o seu médico de família (MF), 66% tiveram uma orientação (farmacológica ou outra, como referenciação). A abordagem do problema com o MF associou-se de forma direta às mulheres com maior impacto negativo (p < 0,001) na qualidade de vida. Conclusão: Este estudo demonstra que, embora tendo uma prevalência elevada e com forte impacto na qualidade de vida, apenas cerca de 1/3 das mulheres com incontinência urinária aborda esta problemática com o seu médico, sendo que 2/3 obtêm uma orientação - farmacológica ou outra como referenciação.^len^aObjectives: Urinary incontinence is a health problem with many negative effects on the quality of life of women. It is often under-diagnosed and untreated. This is a study of the prevalence of urinary incontinence, its impact on quality of life, and its association with demographic factors. Study Design: analytical cross-sectional Setting: The family health units of the authors Participants: A sample of 1918 women over age 40 Methods: The variables studied were age, marital status, education, body mass index, number of children, type of incontinence, duration, referral the problem to the doctor and treatment. The impact on quality of life was assessed using the CONTILIFE© questionnaire. The level of significance was set at p = 0.05. Results: Of the 1291 women responding (mean age 60 years), 23% had urinary incontinence. Their quality of life score was 6.7 points out of a possible 10. The impact on quality of life increases (p = 0.05) with illiteracy, body mass index, and the number of births. 38% of women with urinary incontinence have addressed this issue with their doctor. 66% received either drug treatment or referral. Reporting the problem to the family doctor was associated with greater impact of incontinence on quality of life. (p<0.001) Conclusions: This study found a high prevalence of urinary incontinence in this population with significant impact on quality of life. Only one third of women with urinary incontinence addressed this problem with their doctor and two thirds of these women received drug treatment or referral.

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