30 6 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

LOPES, Rita; YAPHE, John    RIBAS, Maria José. Prescrição de psicofármacos nos cuidados de saúde primários no Porto: estudo transversal. []. , 30, 6, pp.368-376. ISSN 2182-5173.

^lpt^aObjetivo: Caracterizar a prescrição de ansiolíticos e antidepressivos e analisar a associação com características do médico prescritor e da unidade de saúde. Tipo de estudo: Observacional, analítico, transversal. Local: Unidades de saúde (US) do Agrupamento de Centros de Saúde Porto Ocidental. População: Médicos de família. Métodos: Foram recolhidos dados no Sistema de Informação da Administração Regional de Saúde (SIARS©) que incluíam todas as prescrições efetuadas informaticamente em 2009. Foram analisadas variáveis relativas a cada médico (género, idade, número de utentes e número de unidades ponderadas) e a cada US (tipo e indicadores de morbilidade da população). Estudaram-se os fármacos mais prescritos de cada grupo, alprazolam e fluoxetina, utilizando indicadores preconizados de quantidade (dose diária definida por mil utentes por dia: DUD) e custo. Utilizaram-se medidas descritivas e os testes de qui-quadrado, não paramétrico de Kruskal-Wallis e correlação de Spearman. O erro alfa aceite como significativo foi de 5%. Resultados: Os perfis de prescrição de 95 médicos, de 12 US, revelam grande variabilidade (DUD alprazolam: média (M)=19,74, desvio padrão (DP)=9,29, mínimo (Mín)=5,12, máximo (Máx)=60,83; DUD fluoxetina: M=9,18, DP=4,39, Mín=0,71, Máx=28,37). Os médicos mais prescritores (acima do percentil 95) prescreveram cerca de 5 vezes mais alprazolam do que os menos prescritores (abaixo do percentil 5), o mesmo se verificando para a fluoxetina. A maioria (82%) prescreve sistematicamente embalagens de 60 comprimidos de alprazolam. Não foram encontradas associações importantes entre os padrões de prescrição e as características avaliadas dos médicos ou das US. Conclusões: Os resultados são comparáveis a outros estudos, reforçando o potencial do sistema de informação como ferramenta de reflexão acerca da prescrição. A variabilidade encontrada reforça a necessidade de uniformizar os padrões de prescrição entre médicos e de adaptar o sistema de informação à unidade padronizada internacionalmente, o número de DUD, de forma a permitir comparações e medidas de melhoria.^len^aPurpose: To characterize antidepressant and anxiolytic drug prescribing in primary care in Porto using a prescription registry and to analyze the variables that may be associated with psychotropic prescription. Study design: Cross-sectional Setting: Primary health care units, West Porto, Portugal. Participants: Family physicians. Methods: Data was collected using the SIARS© database, including all electronic prescriptions issued in primary care in 2009. Variables analyzed related to the physician (gender, age, number of patients and number of weighted patient units) and the health unit (type and population morbidity indicators, patients without a permanent doctor). The most frequently prescribed drugs in each group, fluoxetine and alprazolam, were studied by amount prescribed (defined daily dose per thousand patients per day - DUD) and costs. Descriptive analysis, qui-square, non-parametric Kruskal-Wallis tests and Spearman correlation were used. Significance level was set at p<0.05. Results: There were no associations found between prescription profiles and the personal characteristics of the doctor or characteristics of the health unit. The prescribing patterns of the 95 doctors from 12 health units showed considerable variability (for alprazolam DUD: mean=19.7, standard deviation (SD)=9.3, minimum=5.1, maximum=60.8; for fluoxetine DUD: mean=9.2, SD=4.4, minimum=0.7, maximum=28.4). High prescribers of alprazolam (above the 95th percentile), prescribed around 5 times more than lower prescribers (below the 5th percentile). The same was found regarding fluoxetine prescribing. Most doctors prescribed 60 tablets of alprazolam at a time. Conclusion: Results are comparable to other studies, reinforcing the potential of using the available SIARS© tool to study prescriptions. The observed variability highlights the necessity to adapt SIARS© to the internationally recognized unit, number of DUD, that will allow meaningful comparisons and quality development measures.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License