30 6 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

CARVALHO, Sílvia. Psicoterapia e Medicina Geral e Familiar: o potencial da terapia cognitivo comportamental. []. , 30, 6, pp.406-409. ISSN 2182-5173.

^lpt^aO aumento da prevalência das perturbações mentais, os seus custos e os efeitos da crise económica no agravamento deste problema reforçam a necessidade de intervenção psicológica. A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que cerca de metade de todo o sofrimento associado a situações de saúde-doença, no Ocidente, é devido a perturbação mental, sobretudo a depressão e a ansiedade. A investigação internacional demonstra a efetividade da intervenção psicológica. O benefício da intervenção psicológica verifica-se num conjunto de outras patologias, não necessariamente relacionadas com a perturbação mental, como doenças cardiovasculares, doenças oncológicas, artrite reumatóide, diabetes, dor crónica, entre outras. Os ganhos obtidos permitem uma redução do recurso aos serviços e de consumo de medicamentos, uma maior adesão à terapêutica e facilitação da mudança de comportamentos. A intervenção de natureza cognitiva-comportamental apresenta custos reduzidos e elevada taxa de recuperação. O enfoque, dado atualmente à saúde mental da população e a multiplicidade de patologias que advêm direta ou indiretamente desta problemática, despertou na autora o interesse em conhecer um tipo de psicoterapia que a pudesse ajudar a lidar com estas perturbações. Numa consulta de medicina geral e familiar o médico pode fazer uso de algumas técnicas, introduzindo a terapia cognitiva e comportamental, mas um conjunto estruturado de consultas com ordem temporal para a realização de psicoterapia é algo fundamental e paralelo à consulta médica, complementando-a. Sendo assim, a autora considera que a aplicabilidade destas técnicas de psicoterapia valoriza o médico, facilitando a abordagem da pessoa como um todo.^len^aThe increasing prevalence of mental disorders, their costs, and the effects of the current economic crisis reinforce the need for psychological intervention in medical care. The World Health Organization (WHO) has stated that half of all the suffering associated with health and disease in Western countries is due to mental disorders, particularly depression and anxiety. Research has demonstrated the effectiveness of psychological interventions. The benefits of psychological intervention can occur in conditions not necessarily related to mental disorders such as cardiovascular diseases, cancer, rheumatoid arthritis, diabetes, chronic pain, and others. These benefits cause a reduction in the use of medical services and the use of medication, and promote greater adherence to therapy, as well as behavioral change. Cognitive therapy has low costs and a high success rate. Interest in mental health and the conditions caused by mental distress motivated the author to explore different types of psychotherapy that could be effective in primary care. The family physician can make use of some of the techniques of cognitive therapy. However time devoted to psychotherapy in parallel to the usual medical consultation may complement it. Application of CBT techniques in psychotherapy enhances medical practice and contributes to the whole-person approach.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License