31 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

ARAUJO, Marta et al. Referenciação dos cuidados de saúde primários a uma unidade de psiquiatria da infância e da adolescência do Norte de Portugal: uma análise de dois anos. []. , 31, 1, pp.38-45. ISSN 2182-5173.

^lpt^aObjectivos: Caracterizar as referenciações efectuadas pelos Cuidados de Saúde Primários (CSP) à consulta da Unidade de Psiquiatria da Infância e da Adolescência (UPIA) do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E); avaliar a comunicação entre os dois níveis de cuidados. Tipo de Estudo: Observacional descritivo transversal. Local: UPIA do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do CHVNG/E. População: A amostra incluiu todas as referenciações dirigidas à referida unidade provenientes dos CSP, via ALERT P1®, durante os anos de 2010 e 2011. Métodos: Procedeu-se à análise descritiva das variáveis género, idade, motivo de referenciação, prioridade da referenciação, prioridade atribuída pelo triador, motivo de recusa/devolução do pedido, tempo de espera, comparência do utente e qualidade da carta de referenciação. Resultados: A análise incluiu 980 referenciações (61,5% do género masculino). A faixa etária entre os 6-10 anos foi a mais referenciada (41,4%). O motivo mais referenciado foi “Sinais/sintomas do comportamento da criança” (31,9%). De todos os pedidos, 16,9% foram considerados urgentes pelo médico de família. Destes, 11,6% foram considerados prioritários pelo triador. De todas as referenciações, 11,3% foram recusadas/devolvidas, maioritariamente devido a informação insuficiente (36,1%). Cerca de 90% das referenciações consideradas prioritárias foram agendadas num prazo = 60 dias e quase 100% das restantes referenciações foram marcadas num prazo = 150 dias. Das 853 primeiras consultas marcadas, 10,5% das crianças faltaram à consulta e não pediram remarcação da mesma. Cerca de 20% das referenciações foram consideradas de boa qualidade e cerca de 14% de má qualidade. Conclusões: Os resultados sugerem que a articulação e a comunicação entre o médico de família e o psiquiatra da infância e da adolescência são eficazes, embora alguns aspectos possam ser melhorados, nomeadamente a adequação das prioridades atribuídas e a qualidade da informação dos pedidos de consulta.^len^aObjectives: To characterize the referrals from Primary Health Care (PHC) to the child and adolescent psychiatry consultation unit of the Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) and to evaluate the communication between these two levels of care. Study design: Cross-sectional. Setting: Child and Adolescent Psychiatry Unit of Psychiatry and Mental Health Service of CHVNG/E. Population: Our sample included all referrals from primary care to the referral unit, using ALERT P1®, in 2010 and 2011. Methods: Descriptive analyses were performed regarding gender, age, reason for referral, priority of the referral, priority given by the psychiatrist, reason for refusal or return of referral, waiting time, patient attendance, and quality of the referral letter. Results: Our analysis was based in 980 referrals (61.5% male). Patients aged 6-10 years were the most commonly referred (41.4%). The most frequent reason for referral was ‘signs and symptoms of child behaviour’ (31.9%). Of all referrals, 16.9% were considered urgent by the family doctor. Of these, 11.6% were considered as urgent by the psychiatrist. Of all referrals, 11.3% were refused or returned, mainly because of insufficient information (36.1%). About 90% of the referrals considered as priorities were scheduled within = 60 days and almost 100% of the remaining referrals were scheduled within = 150 days. Of the 853 scheduled first consultations, 10.5% of the children missed the consultation and did not ask for another appointment. About 20% of the referral letters were considered of good quality and about 14% were considered of poor quality. Conclusions: Our results suggest that communication between family doctors and child and adolescent psychiatrists is effective. Some aspects need improvement, particularly the definition of urgency and the quality of information in the referral letters.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License