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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

ROSA, Sónia; RIBEIRO, Filipa    PINTO, Paula Leiria. Vacinação antisarampo, parotidite e rubéola em crianças com suspeita de alergia ao ovo. []. , 31, 6, pp.406-409. ISSN 2182-5173.

^lpt^aA Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma orientação para a administração da vacina contra o sarampo, parotidite e rubéola (VASPR), tendo reservado a referenciação hospitalar para situações de anafilaxia ao ovo, reação prévia à VASPR e asma não controlada em doentes com alergia documentada ao ovo. Objetivo: Caracterizar a população referenciada para administração da VASPR a nível hospitalar relativamente ao cumprimento das recomendações existentes, à segurança da administração da vacina em crianças com suspeita de alergia ao ovo e ao atraso na administração da primeira dose. Tipo de estudo: Observacional transversal com colheita retrospetiva de dados. Local: Serviço de Imunoalergologia do Hospital de Dona Estefânia. População: Crianças referenciadas para administração hospitalar da VASPR. Métodos: Consulta dos processos clínicos num período de cinco anos. Resultados: Das 83 crianças referenciadas, 43% não apresentava qualquer sintoma com a ingestão de ovo. Entre os participantes que apresentavam sintomas dois tinham história de anafilaxia ao ovo e dois tinham asma brônquica controlada. Verificou-se um atraso global de dois meses no calendário vacinal. Nenhum dos doentes referenciados para a administração do reforço vacinal tinha história prévia de reação à VASPR. Não foram observadas reações sistémicas após a administração da vacina. Três doentes tiveram reação cutânea local e transitória. Conclusão: A maioria da população não apresentava alergia ao ovo, verificando-se um sobre diagnóstico de alergia alimentar. A administração da VASPR foi segura, mesmo nos casos com anafilaxia ao ovo. Após a publicação da orientação da DGS continuou a existir referenciação hospitalar injustificada, implicando atrasos significativos no calendário vacinal e sobrecarregando os serviços hospitalares.^len^aThe General Directorate for Health (DGS) has published a recommendation for the administration of measles, mumps, rubella vaccine (MMR) in hospital for patients with a history of anaphylaxis due to egg allergy, previous reaction to MMR, and uncontrolled asthma in patients with documented egg allergy. Objective: To characterize the population referred to hospital for MMR administration regarding compliance with existing referral recommendations, the safety of vaccination in children with suspected egg allergy, and the delay in the administration of the first dose. Type of study: Cross-sectional study of hospital records. Local: Immuno-allergy Department of Dona Estefânia Hospital, Lisbon. Population: Children referred to hospital for MMR administration. Methods: Examination of clinical files over a 5-year period. Results: Of the 83 children referred, 43% had no symptoms upon ingestion of egg. Among the patients who had symptoms, two had a history of anaphylaxis on exposure to eggs and two had controlled bronchial asthma. There was a mean delay of two months in the immunization schedule. None of the patients referred for an MMR booster vaccination had a previous history of reaction to MMR vaccination. No systemic reactions were observed after vaccine administration. Three patients had local, transient skin reactions. Conclusions: The majority of patients referred for MMR vaccination in hospital did not have an allergy to eggs. We found over-diagnosis of food allergy. MMR vaccination was safe, even in cases of patients with a prior history of anaphylaxis on exposure to eggs. After the publication of the DGS recommendation, unjustified hospital referral continues. This causes significant delays in immunization and overloading of hospital services.

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