32 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

TEIXEIRA, Joana; GOMES, Maria Miguel; GONCALVES, Marina    GOMES, Ana. Vacinação extra-PNV dos 2-4 anos de idade: fatores associados à não realização e perspetiva do pediatra vs médico de família. []. , 32, 1, pp.16-28. ISSN 2182-5173.

^lpt^aObjetivos: Pretendemos conhecer os fatores associados à não realização e as recomendações do médico de medicina geral e familiar (MGF) e do pediatra acerca destas vacinas. Tipo de estudo: observacional, transversal, descritivo. Local: USF da zona norte do País (Braga - USF de Ruães). População: Crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 4 anos de idade; pediatras e MGF de Braga. Métodos: Consulta do processo clínico eletrónico da criança juntamente com um questionário realizado por via telefónica, respondido pelos pais ou encarregados de educação, no período de agosto de 2014 a janeiro de 2015. Para avaliação das recomendações dos médicos MGF e pediatra foi aplicado um questionário eletrónico, de resposta online, a médicos de pediatria e MGF. Os dados foram analisados com recurso ao programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®, Chicago, IL, USA), versão 17.0 para Microsoft Windows®. Resultados: Amostra de 180 crianças, dos 2-4 anos de idade. A taxa de cobertura vacinal contra Streptococcus pneumoniae 13-valente foi de 81,7%. Não se encontrou relação estatisticamente significativa entre o desemprego e a não realização das vacinas extra-PNV. Verificamos uma maior vacinação contra Neisseria meningitidis do serogrupo B e contra o vírus da hepatite A (VHA) na ausência de insuficiência económica (p value de Fisher=0,008 e p=0,046, respetivamente). Verificou-se uma associação entre a realização da vacina contra o rotavírus e frequência de infantário (p=0,029). Observou-se também uma associação estatisticamente significativa entre as crianças cuja escolaridade do pai ou da mãe era licenciatura/bacharelato e a realização das vacinas contra o rotavírus e anti-VHA. O elemento informador das vacinas extra-PNV foi o médico de família em 46%. A realização de todas as vacinas extra-PNV (exceto gripe sazonal) foi superior nas crianças que eram ou tinham sido seguidas por pediatra. Quanto ao questionário aplicado aos médicos obtivemos uma amostra total de 30 MGF e 30 pediatras. Revelou que a vacina mais aconselhada em ambos os grupos foi a contra Streptococcus pneumoniae. A ordem de importância atribuída às vacinas extra-PNV foi a mesma entre os dois grupos de profissionais. A principal razão para nem sempre aconselharem a vacina contra Streptococcus pneumoniae foi o preço. Conclusões: Para a maioria destas vacinas, desemprego e insuficiência económica não são fundamentais na decisão de não vacinar, o que salienta o esforço por parte dos pais em garantir a vacinação. É urgente a tomada de medidas que permitam um acesso mais justo às diferentes opções vacinais.^len^aAims: We aim to know the factors associated with compliance with recommendations for vaccination of children outside the national vaccination plan among patients of general practitioners (GP) and pediatricians. Type of Study: Cross-sectional study. Local: Ruães Family Health Unit (Cávado I Group of Health Centres). Population: Children aged 2-4 years old and pediatricians and GP from Braga. Methods: Electronic health records of children were studied. A questionnaire was administered by telephone interview of parents or guardians from August 2014 to January 2015. We used an electronic questionnaire with online response by GP and pediatricians to evaluate GP and pediatricians' compliance with recommendations. Data were analyzed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS, Chicago, IL, USA), version 17.0 for Microsoft Windows®. Results: We selected a sample of 180 children, aged of 2-4 years old. Vaccination coverage against Streptococcus pneumoniae was 81.7%. There was no statistically significant association between unemployment of the parent or guardian and non-compliance vaccines outside the plan. We found higher rates of vaccination against Neisseria meningitidis serogroup B and against hepatitis A virus (HAV) in the absence of economic difficulties (p value of Fisher=0.008 and p=0.046, respectively). Association between rotavirus vaccination and kindergarten attendance was statistically significant (p=0.029). There was also a statistically significant association between university-level education of the father or mother and rotavirus and hepatitis A vaccination. Vaccines outside the national plan were recommended by the family doctor in 46% of cases. Vaccination with vaccines outside the national plan was higher in children who were or had been followed by pediatrician (except flu vaccine). The sample of 30 GP and 30 pediatricians revealed that the most commonly recommended vaccine was that against Streptococcus pneumoniae. The order of importance attributed to vaccines was the same in both groups of professionals. The main reason for not recommending the Streptococcus pneumoniae vaccine was its price. Discussion and conclusions: For most vaccines, unemployment and economic difficulties are not decisive factors in the decision not to vaccinate. This emphasizes the parents' role in vaccination. Measures are required to ensure a fair access to different vaccine options.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License