33 3 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

NEVES, Ângela. Atitudes e práticas dos médicos de família do ACeS de Matosinhos face à obesidade. []. , 33, 3, pp.188-198. ISSN 2182-5173.

^lpt^aObjetivos: Caracterizar as atitudes e práticas dos médicos de família do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) de Matosinhos relativamente à obesidade e aos pacientes obesos. Tipo de estudo: Transversal. Local: ACeS de Matosinhos, Portugal. População: Médicos especialistas e internos de formação específica de medicina geral e familiar (MGF) do ACeS de Matosinhos Métodos: Foi utilizada uma amostra de conveniência constituída por todos os médicos presentes na reunião semanal da respetiva unidade funcional. Como instrumento de recolha de dados foi desenvolvido um questionário de autopreenchimento, onde se incluíram seis dimensões avaliadas: «autoeficácia e competência técnica», «carências formativas», «convicções», «responsabilidade autopercecionada», «barreiras» e «limitações». Na análise de dados procedeu-se ao estudo de validade e fiabilidade das dimensões, bem como da construção de variáveis observadas para as mesmas, a partir da sua média (M), enquadrando-as numa escala de Likert (1-5). Para medir as diferenças entre os grupos foram utilizadas estatísticas não-paramétricas. Resultados: Dos 104 participantes, a maioria (71%) não realizou formação pós-graduada na área da nutrição/alimentação. Porém, reconhecem a necessidade de aprofundar conhecimentos na área da nutrição/alimentação, com uma média de 3,96 na dimensão das carências formativas percecionadas. Os médicos inquiridos demonstraram um elevado nível de convicção (M=4,33) acerca da importância do seu papel no tratamento da obesidade, reconhecendo firmemente a sua responsabilidade (M=4,27) no tratamento desta patologia, com perceção de autoeficácia e competência técnica na área (M=3,58). Quanto às limitações e barreiras sentidas, os resultados sugerem que estes profissionais reconhecem algumas limitações e barreiras no tratamento da obesidade (M=3,29 e M=2,60, respetivamente). Conclusões: Os médicos de família demonstram atitudes e práticas globalmente positivas face à obesidade e aos pacientes obesos. Estes profissionais estão convictos acerca da importância do seu papel na gestão/tratamento da obesidade, sentem-se responsáveis pelo tratamento desta patologia e reconhecem a sua necessidade formativa na área da nutrição/alimentação^len^aAims: To study attitudes to obesity and obese patients among General Practitioners in the Group of Health Centres of Matosinhos. Study design: Cross-sectional. Setting: Group of Health Centres of Matosinhos, Portugal. Population: Family medicine specialists and trainees in the Matosinhos Group of Health Centres. Methods: A convenience sample was used, composed of all physicians attending the weekly staff meeting in their respective clinics. A questionnaire was developed for this study composed of six dimensions including: ‘self-efficacy and technical competence', ‘training needs', ‘convictions', ‘self-perceived responsibility', ‘barriers' and ‘limitations'. The validity and reliability of the dimensions were studied. The variables in these dimensions are presented as a mean (M) on a five point Likert scale. Non-parametric statistical analyses were used to measure the differences between the groups. Results: Among the 104 study participants, most (71%) did not have post-graduate training in nutrition. However, they recognize the need to increase their knowledge of nutrition, with an average score of 3.96 in the dimension of the training needs perceived. The physicians participating showed a high level of conviction (M=4.33) about the importance of their role in the treatment of obesity, firmly recognizing their responsibility (M=4.27) in the treatment of this condition, perceiving their self-efficacy and technical competence in the area (M=3.58). Concerning the barriers and limitations felt, the results suggest that these professionals recognize some limitations and barriers while treating obesity (M=3.29 and M=2.60, respectively). Conclusions: Family medicine specialists have positive attitudes towards managing obesity and obese patients. These professionals are convinced of the importance of their role in management and treatment of obesity. They feel responsible for the treatment of this condition and recognize their training needs in the area of nutrition

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License