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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

OLIVEIRA, Ana Gabriela; VILACA, Ana Filipa    GONCALVES, Daniel Torres. Da transexualidade à disforia de género: protocolo de abordagem e orientação nos cuidados de saúde primários. []. , 35, 3, pp.210-222. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i3.12105.

^lpt^aObjetivo: Elaborar um protocolo de atuação clínica perante o diagnóstico de transexualidade, com ou sem disforia de género, a ser aplicado nos cuidados de saúde primários. Fontes de dados e métodos de revisão: Pesquisa na base de dados PubMed de artigos desde 2010 até à atualidade, com as palavras-chave Gender dysphoria e Transsexualism. Pesquisa de legislação portuguesa aplicável ao tema. Resultados: Todo o médico de família deve conhecer o normal desenvolvimento sexual de um indivíduo. Só assim conseguirá identificar alguns desvios ao binarismo feminino/masculino e reconhecer uma perturbação da identidade género. Através de uma história clínica minuciosa, baseada na história sexual, e de um exame objetivo dirigido é possível fazer o diagnóstico, que assenta essencialmente nos critérios do DSM-5 e CID-10. Posteriormente, o médico de família pode orientar o doente para os cuidados hospitalares para que seja acompanhado por uma equipa multidisciplinar. Para além disto, deve também requisitar meios complementares de diagnóstico para monitorizar os efeitos secundários das terapêuticas instituídas. Conclusão: O diagnóstico diferencial da transexualidade é complexo e nem sempre de fácil resolução. O médico de família assume uma posição privilegiada neste diagnóstico ao acompanhar de perto o desenvolvimento do indivíduo desde o nascimento até à idade adulta. A implementação de um protocolo pioneiro de abordagem da transexualidade com/sem disforia de género, que uniformize a conduta médica, tem por objetivos evitar atrasos no diagnóstico e o perpetuar do sofrimento individual.^len^aObjective: To elaborate a protocol of clinical guidance when facing a transsexual person, with or without gender dysphoria, to be applied in primary health care. Data sources and review methods: Research in the PubMed database of articles from 2010 to the present, with the keywords ‘Gender dysphoria’ and ‘Transsexualism’. Research of Portuguese law. Results: Every family doctor should know the regular sexual development of a person. Only then, he will be able to identify some deviations from female/male binarism and recognize a disturbance of gender identity. Through a detailed clinical history based on sexual history, and a targeted objective examination, it is possible to make the diagnosis, which is based essentially on the DSM-5 and ICD-10 criteria. Subsequently, the family doctor can guide the patient to the secondary health care, so that he is accompanied by a multidisciplinary team. In addition, family doctors should also require diagnostic complementary exams to monitor the side effects of therapeutics instituted therein. Conclusion: The differential diagnosis of transsexuality is complex and not always easy to solve. The family doctor is in a privileged position for diagnosing this disturbance of gender identity, given that he follows a person’s development from birth to adulthood. In this way, the family doctor has several opportunities to evaluate the individual's sexuality. The implementation of a pioneering protocol for approaching transsexuality with/without gender dysphoria that standardizes medical conduct aims to avoid delays in diagnosing and in the perpetuation of one’s suffering.

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