35 4 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

CASTRO, Juliana Silva; TAVARES, Bruna    GUEDES, Marta. Efeito da contraceção com etinilestradiol em alta dose na densidade mineral óssea em adolescentes: qual a evidência?. []. , 35, 4, pp.299-304. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i4.12184.

^lpt^aObjetivos: Os contracetivos hormonais combinados (CHC) são o método de contraceção hormonal mais utilizado na adolescência. Estes levam a níveis de estradiol inferiores aos fisiológicos, que poderão influenciar a aquisição do pico de densidade mineral óssea (DMO). O objetivo deste estudo foi determinar o impacto na DMO da contraceção hormonal combinada por via oral com 30-35 µg de etinilestradiol (EE) em comparação com placebo ou doses inferiores de EE a 30 µg em adolescentes saudáveis dos 10-19 anos. Fontes de dados: National Guideline Clearinghouse, National Institute for Health and Care Excellence Guidelines Finder, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, The Cochrane Library, Database of Abstracts of Reviews of Effectiveness, Bandolier, Evidence Based Medicine Online e MEDLINE. Métodos de revisão: Foram pesquisadas normas de orientação clínica, ensaios clínicos aleatorizados e controlados, revisões sistemáticas e meta-análises, publicados entre março/2007 e março/2017, nas línguas portuguesa, espanhola, inglesa e francesa. Os termos MeSH utilizados foram: adolescent, ethinyl estradiol e bone density. Para estratificar o nível de evidência e a força de recomendação foi utilizada a Strenght of Recommendation Taxonomy, da American Academy of Family Physicians. Resultados: Identificaram-se 76 publicações, das quais foram incluídas cinco: dois ensaios clínicos aleatorizados e controlados, uma revisão sistemática, um estudo de coorte e uma guideline. Os primeiros mostram que as adolescentes não utilizadoras de CHC, independentemente das doses, têm DMO mais elevadas do que as usuárias. A DMO das adolescentes que utilizam etinilestradiol em doses altas (30-35 µg) parece ser menos afetada em comparação com as que o utilizam doses inferiores (< 30 µg). Na revisão sistemática incluída foram encontrados dados discordantes com um dos estudos, que referia não haver diferenças entre as várias doses de etinilestradiol. O estudo de coorte incluído revelou um aumento de DMO nas adolescentes com 30-35 µg de etinilestradiol até aos 24 meses de toma. Entre os 24 e os 36 meses verificou-se uma redução da aquisição de DMO nas usuárias de doses mais altas de EE comparativamente com as usuárias de doses mais baixas. A guideline da Faculty of Sexual and Reproductive Healthcare refere que a dosagem parece não afetar a DMO. Conclusão: Foi atribuída a esta revisão uma força de recomendação B, para o uso de CHC com etinilestradiol na dose igual ou superior a 30 µg, em adolescentes, para um menor impacto na DMO.^len^aObjective: Combined hormonal contraceptives (CHC) are the most used hormonal contraception method in adolescence. They lead to lower levels of estradiol than physiological ones, which may influence the acquisition of peak bone mineral density (BMD). The objective of this study was to determine the impact of CHC with 30-35 µg of ethinyl estradiol (EE) on BMD when compared to placebo or lower doses of EE in healthy female adolescents between 10-19 years old. Sources: National Guideline Clearinghouse, National Institute for Health and Care Excellence Guidelines Finder, Canadian Medical Practice Guidelines Infobase, The Cochrane Library, Database of Abstracts of Reviews of Effectiveness, Bandolier, Evidence-Based Medicine Online, and MEDLINE. Methods: We searched clinical guidelines, randomized controlled trials, systematic reviews and meta-analysis, published between March 2007 and March 2017 in Portuguese, Spanish, English or French. The MESH terms used were: 'adolescent', 'ethinyl estradiol' and 'bone density'. To stratify the level of evidence and the strength of recommendation the Strenght of Recommendation Taxonomy, of the American Academy of Family Physicians was used. Results: Seventy-six publications were identified, of which five were included: two randomized controlled trials, one systematic review, one cohort study, and one guideline. The first showed that non-CHC users’ adolescents have higher BMD than those who use CHC, regardless of drug dosage. The BMD of adolescents using a higher dosage of ethinyl estradiol (30-35 µg) appeared to be less affected than those with a lower dosage (<30 µg). In the included systematic review discordant data were found, with one of the studies reporting no differences between the various doses of EE. The included cohort study revealed an increase in the BMD when prescribed 30-35µg EE, at 24 months’ mark. Between 24 and 36 months the BMD acquisition was lower in the 30-35µg EE group compared with placebo or lower dose. The Faculty of Sexual and Reproductive Healthcare’s guideline reports that dosage does not appear to affect BMD. Conclusion: In teenagers, the use of ethinyl estradiol at a dosage equal or higher to 30ug, for a lower impact on BMD, has received a Grade B Recommendation.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License