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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

BENTO, Joana Rita Sousa et al. Tratamento da hiperuricemia assintomática: revisão baseada na evidência. []. , 35, 6, pp.469-480. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i6.12308.

Objetivo: Analisar a evidência mais recente relativa ao tratamento farmacológico da hiperuricemia assintomática. Fontes de dados: Bases de dados PubMed, The Cochrane Library, National Guideline Clearinghouse, Canadian Medical Association, Evidence-based Medicine e NICE Evidence Search. Métodos: Efetuou-se uma pesquisa bibliográfica utilizando os termos MeSH Hyperuricemia/Therapy e Asymptomatic Disease. Pesquisaram-se guidelines, ensaios clínicos aleatorizados controlados, meta-análises e revisões sistemáticas publicadas nos últimos cinco anos nas línguas portuguesa e inglesa. Foram incluídos artigos que abordassem tratamento farmacológico da hiperuricemia assintomática no indivíduo adulto, com e sem comorbilidades. Resultados avaliados: prevenção da artrite gotosa, prevenção e benefício na doença renal e doença/fatores de risco cardiovasculares, cut-off para início terapêutico e valor alvo a atingir. Para avaliação dos níveis de evidência e atribuição de forças de recomendação foi utilizada a escala Strenght of Recommendation Taxonomy, da American Academy of Family Physicians. Resultados: Dos 360 artigos resultantes da pesquisa, dez foram incluídos: quatro normas de orientação clínica, cinco ensaios clínicos controlados aleatorizados e uma meta-análise. Globalmente, os ensaios clínicos demonstram benefício da utilização de terapêutica hipouricemiante em marcadores de doença e fatores de risco cardiovasculares, bem como marcadores de doença renal crónica, também verificado na meta-análise, relativa à doença renal crónica. Já as normas de orientação clínica defendem não existir evidência que recomende o tratamento farmacológico da hiperuricemia assintomática. Conclusão: Ainda que estudos recentes demonstrem benefício do tratamento da hiperuricemia na presença de comorbilidades, nomeadamente na doença renal, apresentam-se limitações. Conclui-se não existir evidência científica atual que suporte o tratamento farmacológico da hiperuricemia em doentes assintomáticos (SORT B), pelo que mais estudos serão necessários.

: Hiperuricemia assintomática; Tratamento.

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