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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

MORAIS, Ana Isabel et al. NOAC versus AVK: avaliação da qualidade de vida em idosos com fibrilhação auricular nos cuidados de saúde primários. []. , 36, 1, pp.16-23. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i1.12703.

^lpt^aIntrodução: A fibrilhação auricular (FA) é uma importante causa de morbimortalidade na população idosa. Os anticoagulantes orais assumem-se como eficazes na prevenção do acidente vascular cerebral cardioembólico. Não existe evidência científica que suporte a decisão de escolha entre antagonistas da vitamina K (AVK) e novos anticoagulantes orais (NOAC), baseado no critério qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos diagnosticados com FA não valvular e anticoagulados, seguidos nos cuidados de saúde primários. Métodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal e analítico que envolveu uma amostra de utentes de sete Unidades de Saúde Familiar. A qualidade de vida foi avaliada usando a escala Duke Anticoagulation Satisfaction Scale. Foram realizadas análises descritivas e inferenciais. Resultados: Aceitaram participar no estudo 292 utentes. A idade média dos participantes foi de 75,6 anos, sendo 52,1% do género feminino, 92,1% reformados e com baixo nível de escolaridade (81,8% com escolaridade igual ou menor que quatro anos). Observou-se diferença estatisticamente significativa do valor mediano na qualidade de vida, quando comparado o grupo de utentes a realizar terapêutica com NOAC versus grupo de utentes a realizar terapêutica com AVK (p<0,0001). Não se observaram diferenças estatisticamente significativas nas restantes variáveis estudadas. Conclusão: A qualidade de vida dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos, diagnosticados com FA não valvular, é influenciada pela escolha do tipo de anticoagulante (NOAC ou AVK), sendo o NOAC associado a melhor qualidade de vida.^len^aBackground: Atrial fibrillation is a well-established cause of mortality in the elderly. Oral anticoagulants are known to prevent cardioembolic stroke. There is no evidence supporting the selection of either direct anticoagulants (DOAC) versus vitamin k-antagonist based on the quality of life criteria. Objectives: To assess the quality of life in patients aged 65 years old and over, diagnosed with non-valvular atrial fibrillation and followed in a primary care setting. Methods: A retrospective observational study was conducted with a patient sample from seven family health units. A questionnaire regarding the quality of life with anticoagulant therapy was applied - the Duke Anticoagulation Satisfaction Scale (DASS). Descriptive and inferential analyses were performed. Results: Two-hundred ninety-two patients accepted to participate in the study, with a mean age of 75.6 years, mostly women (52.1%), professionally retired (92.1%) and with a low education level (81.8% with less or equal to four-year of scholarship). There was a statistically significant difference in the median value of quality of life when compared to the group of patients undergoing NOAC therapy versus the group of patients undergoing AVK therapy (p<0.0001). No statistically significant differences were observed for the other variables. Conclusions: In patients aged 65 years old and over and with non-valvular atrial fibrillation we found that quality of life is associated with the anticoagulant therapy option, namely DOAC or vitamin k-antagonist. DOAC associated with a better quality of life.

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