36 4 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

GONCALVES, Tânia. Estatinas: uma revisão baseada na evidência dos efeitos na função cognitiva. []. , 36, 4, pp.342-349. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i4.12374.

^lpt^aObjetivo: O consumo de estatinas tem aumentado ao longo dos anos, tendo sido descritas alterações na função cognitiva. Sabe-se que o cérebro contém cerca de 25% do colesterol presente no corpo humano. O objetivo desta revisão é avaliar os efeitos laterais cognitivos das estatinas em adultos que tomam esta classe de antidislipidémicos. Fontes de dados: National Guideline Clearinghouse, Guidelines Finder da National Electronic Library for Health do NHS britânico, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, The Cochrane Library, Bandolier, DARE, Clinical Evidence e PubMed. Métodos de revisão: Pesquisa de artigos publicados entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018, nas línguas portuguesa e inglesa, utilizando os termos MeSH Hydroxymethylglutaryl-CoA Reductase Inhibitors e Cognitive Dysfunction. Utilizou-se a escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT), da American Academy of Family Physicians, para atribuição dos níveis de evidência e forças de recomendação. Resultados: Foram encontrados 58 artigos, dos quais oito cumpriam os critérios de inclusão e exclusão: duas revisões sistemáticas, quatro revisões, um estudo observacional e um artigo de opinião. Após leitura destes estudos verificaram-se resultados contraditórios: uns mostram efeitos laterais das estatinas na cognição, outros não mostram qualquer diferença quando comparados com o placebo e outros ainda sugerem em efeito protetor na demência. Vários estudos não apresentam poder estatístico para avaliar os riscos. Conclusões: São necessários estudos prospetivos controlados para avaliar os efeitos das estatinas na função cognitiva a curto e a longo prazo. A evidência não apoia a alteração das guidelines, mas defende que as queixas não sejam desvalorizadas.^len^aObjective: Statin consumption has increased over the years and associated cognitive dysfunction has been described. It is known that the human brain contains about 25% of the cholesterol present in the human body. The aim of this review is to evaluate the cognitive side effects of statins in adults taking this class of anti-dyslipidemic drugs. Data sources: National Guideline Clearinghouse, NICE Guidelines Finder, Canadian Medical Association Practice Guidelines Infobase, The Cochrane Library, Bandolier, DARE, Clinical Evidence e PubMed. Methods: A survey of articles published between January 2013 and January 2018, in Portuguese and English, was conducted, using the MeSH terms Hydroxymethylglutaryl-CoA Reductase Inhibitors and Cognitive Dysfunction. The Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) scale was used to assign levels of evidence and recommendation strengths. Results: A total of 58 articles were found, of which eight met the inclusion and exclusion criteria: two systematic reviews, four reviews, one observational study, and one opinion article. After reading these studies, contradictory results were found: some showed side effects of statins on cognition, others showed no difference when compared with placebo and others even suggested a protective effect on dementia. Several studies did not have statistical power to assess the risks. Conclusion: Controlled prospective studies are needed to evaluate the effects of statins on shortand long-term cognitive function. The evidence does not support the change of the actual guidelines but argues that the complaints should not be devalued.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License