36 5Balance and healthy aging: a close relationship 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

MACHADO, Ana Catarina Sá et al. Omalgia crónica e associação com incapacidade funcional e ansiedade/depressão: a realidade de cinco Unidades de Saúde Familiar da Área Metropolitana do Porto. []. , 36, 5, pp.397-406. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v36i5.12518.

^lpt^aObjetivos: Estimar a prevalência da omalgia crónica na população de cinco Unidades de Saúde Familiar (USF), descrever as suas características semiológicas e as características sociodemográficas desta população. Secundariamente pretende-se avaliar e quantificar a associação entre omalgia crónica e incapacidade funcional, características sociodemográficas e a perturbação ansiosa/depressiva. Tipo de estudo: Observacional, transversal, analítico. Local: Cinco USF da Área Metropolitana do Porto. População: Calculou-se uma amostra de 1.718 utentes entre os 18 e 64 anos, que se deslocaram às cinco USF durante o estudo. Métodos: Aplicou-se um questionário de recolha de variáveis sociodemográficas e sobre omalgia crónica e duas escalas validadas para a população Portuguesa: Health Assessment Questionnaire-Disability Index e Hospital Anxiety and Depression Scale. Testou-se a associação entre omalgia crónica, incapacidade funcional e ansiedade/depressão através do modelo de regressão logística multinomial. Resultados: A prevalência estimada de omalgia crónica foi de 29,6%, intervalo de confiança de 95% [27,4-31,8]. Em 57,8% dos utentes a dor era diária, 70,7% tinha dor moderada a intensa e 41,1% encontrava-se pouco ou nada satisfeito com o tratamento. Verificou-se uma associação entre a existência e localização da dor com o estado emocional, género, estado civil, escolaridade, reforma e reforma por invalidez (p<0,001). Nos indivíduos com omalgia crónica, as mulheres, divorciados e viúvos, com baixa escolaridade, reformados por invalidez e com ansiedade/depressão apresentaram uma proporção superior. Constatou-se a existência de um aumento do odds ratio (OR) de omalgia crónica com o aumento do grau de incapacidade, da ansiedade, da idade e com a baixa escolaridade (inferior ou igual a nove anos). Conclusões: Apesar de prevista uma prevalência de omalgia crónica em Portugal de 4,4% com base em dados bibliográficos, a prevalência encontrada neste estudo foi aproximadamente sete vezes superior à esperada. Verificou-se uma associação da omalgia crónica com o grau de incapacidade e a ansiedade, o que vai de encontro ao debatido na literatura. O presente estudo mostra uma necessidade urgente de intervir eficazmente no controlo da omalgia crónica.^len^aObjectives: To estimate the prevalence of chronic shoulder pain in the population of five Family Healthcare Units, to describe its semiological characteristics and the sociodemographic characteristics of this population. Secondarily, we intended to evaluate and quantify the association between chronic shoulder pain and functional disability, sociodemographic characteristics, and anxiety/depressive disorders. Type of study: Cross-sectional study. Location: Five Family Healthcare Units of Porto’s Metropolitan Area. Population: We obtained a sample of 1,718 patients between the ages of 18 and 64 from the population that visited the five Family Healthcare Units. Methods: We use a questionnaire to collect sociodemographic and chronic shoulder pain variables as well as two validated scales for the Portuguese population: Health Assessment Questionnaire-Disability Index and Hospital Anxiety and Depression Scale. We tested the association between chronic shoulder pain, functional disability, and anxiety/depression using the multinomial logistic regression model. Results: The estimated prevalence of chronic shoulder pain was 29.6%, confidence interval of 95% [27.4-31.8]; 57.8% patients had daily pain, 70.7% had moderate to severe pain, and 41.1% had little/no satisfaction with the treatment. It was found an association between pain degree or location and emotional status, gender, marital status, education, retirement, and retirement due to disability (p<0.001). In the chronic shoulder pain group, female gender, divorce, and widowhood, lower education, retirement due to disability, and anxiety/depression, were in a higher proportion. The higher odds ratio for chronic shoulder pain was found with a higher disability degree, anxiety, age, and lower education (nine years or less). Conclusions: Chronic shoulder pain prevalence was approximately seven times higher than initially expected. We found an association between chronic shoulder pain and the degree of disability and anxiety, which agrees with the reviewed literature. This study shows an urgent need to intervene effectively in the control of chronic shoulder pain.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License