38 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

COSTA, Luís Paulo et al. COVID-19: adaptação de uma unidade de saúde familiar a novos desafios de acessibilidade aos cuidados de saúde. []. , 38, 1, pp.125-128.   28--2022. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i1.13008.

^a

A pandemia COVID-19 obrigou a uma rápida adaptação dos serviços de saúde para que se pudesse manter a resposta e qualidade dos cuidados. De forma a garantir a acessibilidade dos utentes aos cuidados de saúde primários e minimizar as consequências do distanciamento social, oferecendo alternativas à consulta presencial, a nossa Unidade de Saúde Familiar (USF) criou a linha de apoio ao utente. Os profissionais da USF adquiriram de forma autónoma seis telemóveis e criaram seis linhas diferentes: duas linhas para apoio médico geral, duas linhas para assuntos relacionados com a COVID-19, uma linha de apoio de enfermagem e uma linha de apoio do secretariado clínico. Foi criada uma base de dados para registo de contactos médicos e de enfermagem. Esta base de dados permitiu ainda a referenciação direta a apoio de psicologia.

Avaliou-se um período de seis meses (entre 16 de março e 16 de setembro de 2020). Foram registadas 7.535 chamadas: 5.281 nas linhas de apoio médico geral e 230 nas linhas médicas relacionadas com a COVID-19. Foram feitas 51 referenciações para apoio psicológico.

As restrições que obrigaram a medidas extraordinárias serão levantadas e esta experiência pode fornecer bases para o futuro, nomeadamente como diversificar a acessibilidade de uma unidade de saúde familiar, salientando a necessidade de investimento nessa área. No contexto atual, a telemedicina tem-se revelado uma alternativa adequada para o atendimento e orientação dos utentes.

^lpt^a

The COVID-19 pandemic forced a quick adaptation of the health services so that the response and quality of care could be maintained. In order to guarantee the accessibility of users to primary health care and minimize the consequences of social distancing, offering alternatives to face-to-face consultation, our family health unit created a support line for the patients. The health professionals of this primary health care facility purchased six mobile phones and created six different helplines: two lines for general medical support, two lines for matters related to COVID-19, a nursing support line, and a support line for clinical secretaries. A database was created to record all telephone contacts. This database also allowed direct referral to psychological support. The record of the clinical secretaries’ line was discontinued.

A six-month period was evaluated (between March 16 and September 16, 2020). 7,535 calls were registered: 5,281 to the general medical support lines, 230 to the medical lines related to COVID-19, and 2,024 to the nursing support lines. Fifty-one referrals were made for psychological support.

The restrictions that forced extraordinary measures will be lifted one day and this experience may provide some knowledge for the future, regarding how to diversify the accessibility of a primary health care facility and highlight the need for investment in this area. In the current pandemic situation, telemedicine has proven to be an adequate alternative for the care and guidance of users.

^len

: .

        · | |     · |     · ( pdf )