38 6 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

AMARO, Rita et al. Vamos falar de saúde mental infantil? Um estudo do impacto de formação especializada em saúde mental infantil para médicos e técnicos de cuidados de saúde primários. []. , 38, 6, pp.631-638.   31--2022. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i6.13096.

^a

Introdução:

A intervenção em saúde mental na infância e adolescência deve ser uma prioridade, tendo em conta a elevada prevalência das perturbações mentais nesta faixa etária associadas a uma alta taxa de comorbilidade e a tendência à cronicidade de psicopatologia para a idade adulta. A literatura realça a importância de descentralizar os cuidados de saúde mental infantil, promovendo uma intervenção baseada na comunidade e em interface entre os serviços especializados e os cuidados de saúde primários.

Métodos:

Realização de uma formação sobre saúde mental infantil, dirigida a médicos e técnicos dos cuidados de saúde primários. Os participantes, no início e no final do curso, responderam a um questionário de 22 perguntas, elaborado pela comissão científica. Os resultados foram avaliados através do Teste Qui Quadrado de Pearson.

Resultados:

Do total de 120 participantes, 109 questionários foram preenchidos no início (90% dos participantes) e 97 questionários foram preenchidos no final da ação de formação (81% dos participantes). A diferença na pontuação dos questionários inicial e final global foi estatisticamente significativa (valor p<0,05, intervalo de confiança de 95%), sendo a média de respostas corretas dos questionários iniciais de 75,15% e dos questionários finais de 86,40%. Em 15 das 22 questões foi obtida uma diferença estatisticamente significativa.

Discussão e Conclusão:

Tendo em consideração os resultados é possível reconhecer o impacto significativo que esta formação parece ter tido na aquisição de novos conhecimentos em saúde mental infantil. A equipa de cuidados de saúde primários é uma área privilegiada de articulação, com o potencial de promover estratégias de prevenção e promoção da saúde mental, identificar os problemas precocemente, intervir nos casos menos graves e referenciar aos serviços especializados atempadamente. A equipa de saúde mental deve colaborar com as diferentes estruturas comunitárias, em consultoria, formação, coordenação ou catalisação de iniciativas ou projetos.

^lpt^a

Introduction:

Intervention in mental health in childhood and adolescence should be a priority, considering the high prevalence of mental disorders in childhood and adolescence associated with a high rate of comorbidity and the frequent continuity of severe psychopathology in adulthood. The literature highlights the importance of decentralizing child mental health care, promoting community-based intervention, and an interface between specialized services and primary health care.

Methods:

Conducting specialized training in child mental health, aimed at primary care physicians and technicians. Participants, at the beginning and end of the course, answered a 22-question questionnaire prepared by the scientific committee. The results were evaluated using Pearson's Chi-squared test.

Results:

Out of a total of 120 participants, 109 questionnaires were completed at the beginning (90% of participants), and 97 questionnaires were completed at the end of the training course (81% of participants). The score of the global initial and final questionnaires was statistically significant (p-value <0.05, 95% confidence interval), with the average of correct answers from the initial questionnaires being 75.15% and the final questionnaires of 86.40%. In 15 of the 22 questions, a statistically significant difference was obtained.

Discussion and Conclusion:

Considering the results, it is possible to recognize the significant impact that this training seems to have had in the acquisition of new knowledge in child mental health. Primary health care teams are privileged areas for articulation, with the potential to promote prevention and mental health promotion strategies, identify problems early, intervene in less severe cases and refer to specialized services in a timely manner.

^len

: .

        · | |     · |     · ( pdf )