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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

 ISSN 2182-5173

BALSINHA, Conceição et al. Consultation analysis of dementia triads in Portuguese general practice: exploratory study. []. , 39, 5, pp.414-426.   31--2023. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i5.13503.

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Introduction:

Despite policy recommendations worldwide, too often dementia remains outside the scope of primary health care. In the context of Portuguese primary health care services, our group previously explored the experiences of people with dementia, carers, general practitioners (GPs), and other professionals, together with their perspectives on barriers to dementia care. However, we know little about triadic consultations that involve a patient, their carer, and their GP.

Objective:

To explore dementia care in triadic consultations in general practice.

Methods:

Analysis of ten consultations with dementia triads across six Portuguese practices from different social contexts. Purposive sampling was used to recruit nine GPs, ten patients, and ten carers. Triadic consultations were digitally recorded, transcribed, and analysed. The analytical framework combined codes derived from the transcripts with codes from the avail-able literature. Themes focused on the corollaries of dementia (e.g., need for information), and coordination of services.

Results:

Dementia-related content took up only 30% of consultations, despite their length (median 27 min). The GPs did not seem engaged in dementia management, their assessments lacked breadth and person-centredness, and interventions were limited. Carers facilitated GPs’ assessment of dementia consequences, but their needs were poorly assessed. Patients’ self-expression was limited by communication patterns within the triad.

Conclusion:

It is challenging for GPs to assess dementia among other conditions in a context of fragmented care. Strategies for improving family carers’ assessments are needed. The analysis of triadic consultations may provide potential process measures for assessing the quality of clinical practice and consultation training in general practice, but this requires further study.

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Introdução:

Apesar das recomendações internacionais, a demência ainda não está consensualmente incluída no âmbito de intervenção dos cuidados de saúde primários. Em trabalhos anteriores estudámos as experiências e as perspetivas das pessoas com demência, dos seus cuidadores, dos médicos de família (MF) e outros profissionais de cuidados de saúde primários relativas às barreiras na prestação de cuidados na demência. No entanto, ainda pouco se sabe sobre as próprias consultas em medicina geral e familiar (MGF), nomeadamente as que envolvem a tríade paciente-cuidador informal-MF.

Objetivo:

Explorar a prestação de cuidados na demência nas consultas triádicas em MGF.

Método:

Análise de dez consultas com tríades, em seis contextos sociais distintos. Nove MF, dez pacientes e dez cuidadores foram recrutados por amostragem intencional. As consultas triádicas foram audiogravadas, transcritas e analisadas. A abordagem referencial combinou códigos com origem nas transcrições com códigos baseados na literatura. Os temas principais foram as consequências da demência (e.g., necessidade de informação) e a coordenação entre serviços.

Resultados:

Os conteúdos especificamente relacionados com a demência ocuparam apenas 30% do tempo das consultas, apesar da duração destas (mediana 27 min). Os MF não pareceram envolvidos na gestão da demência, as suas avaliações foram pouco abrangentes e pouco centradas no doente e as intervenções limitadas. Os cuidadores facilitaram a avaliação dos MF sobre as consequências da demência, mas as suas necessidades foram avaliadas superficialmente. A participação dos doentes foi comprometida pelos estilos de comunicação na tríade.

Conclusão:

Num contexto de prestação ‘fragmentada’ de cuidados é difícil para os MF avaliarem a demência entre todos os outros problemas de saúde. São necessárias estratégias para melhorar a avaliação dos cuidadores. A análise de consultas triádicas pode potenciar medidas de processo para avaliar a qualidade da prática clínica e do treino de consulta em MGF, mas é necessária mais investigação nesta área.

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