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Revista Crítica de Ciências Sociais

 ISSN 2182-7435

MENDES, Nuno Canas. Para uma genealogia do debate em torno da viabilidade do Estado em Timor-Leste. []. , 104, pp.67-82. ISSN 2182-7435.  https://doi.org/10.4000/rccs.5694.

^lpt^aO artigo procura traçar uma genealogia do debate em torno da construção e da viabilidade do Estado em Timor-Leste, desde os alvores da ideia de independência aos nossos dias: percorre o período 1974-75, a ocupação indonésia até ao início e termo da administração internacional das Nações Unidas (1999-2002) e finalmente a assunção da soberania em 2002, com os subsequentes desafios e dificuldades desde então sentidos. Este debate reflete tensões políticas de âmbito regional e internacional e deve ser inserido nos contextos históricos específicos em que ocorreu tal produção discursiva. Para além da definição de um quadro conceptual que se ensaia na aplicação ao caso, serão analisadas as posições dos principais intervenientes externos no processo, Estados e organizações internacionais, cujas motivações serão objeto de reflexão.^len^aThis article seeks to trace the genealogy of the debate on State-building and state viability in Timor-Leste from the first project for Independence in the seventies, through the Indonesian invasion and the United Nations international administration (1999-2002), until the assumption of full sovereignty and the challenges and difficulties felt thereafter. This debate reflects both regional and international political tensions, and should be understood within the specific historical contexts in which it occurred. In addition to the definition of the conceptual framework applied to this case-study, the positions of the main players (States and International Organizations) and their motivations will be analyzed and discussed.^lfr^aCet article cherche à tracer une généalogie du débat à propos de la construction et de la viabilité de l’État au Timor-Leste, de l’aube de l’idée d’indépendance à nos jours: il parcourt la période de 1974-75, l’occupation indonésienne jusqu’au début et au terme de l’administration internationale des Nations Unies (1999-2002) et, finalement, l’avènement à la souveraineté en 2002, accompagné de ses inévitables défis et difficultés depuis lors en la matière. Ce débat reflète des tensions politiques au caractère régional et international et doit être inséré dans les contextes historiques spécifiques dans lesquels une telle production discursive se déroula. En plus de la définition d’un cadre conceptuel que l’on s’essaie à appliquer au cas, nous nous pencherons sur les positions des principaux acteurs externes dans le processus, États et organisations internationales, dont les motivations seront objet de réflexion.

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