112 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Crítica de Ciências Sociais

 ISSN 2182-7435

MOHR, Richard. Law and Argument for a Culturally Diverse World: How not to Communicate. []. , 112, pp.73-98. ISSN 2182-7435.  https://doi.org/10.4000/rccs.6584.

^len^aThis paper reviews the role of discourse in law and public life and identifies threats to the polity from malicious forms of communication. In addition to its role in legal argument, communication is fundamental to public debate in the formation of laws and policies, and it constitutes the social and political fabric through the use of forms of address and recognition of others. This argument builds on aspects of discourse theory and feminist and other critiques of it that suggest that it applies to a narrow community of discourse, and so excludes other cultures. It takes a broad view of participants in public debate, which necessarily crosses national and cultural borders. Responsible communication demands that we argue in good faith, truthfully and coherently, and that we recognize our partners in discussion, both for who they are and for their place in a shared community. The paper argues that public discourse has sunk to dangerous levels in the present century, citing examples of bad faith, provocation and insult from Australian prime ministers (2002, 2015) and presidential candidates in France (2005) and the United States (2016). It concludes that lying, incoherence, self-contradiction, insult and injury fall outside the bounds of public discourse. Rapid communicative intervention is needed to identify each of these malicious forms of communication as a betrayal of the civic public, before it provokes the next vicious response.^lpt^aO presente artigo faz uma revisão do papel do discurso no direito e na vida pública e identifica ameaças que surgem na política, resultantes de formas de comunicação maliciosas. Para além do papel que assume na argumentação legal, a comunicação é fundamental para o debate público na criação de leis e políticas, constituindo ainda o tecido social e político através da utilização de formas de tratamento e de reconhecimento dos outros. Este argumento baseia-se em aspetos da teoria do discurso, da teoria feminista e de outras críticas que sugerem que se aplica a uma comunidade restrita de discurso, excluindo outras culturas. Assume uma perspetiva alargada de participantes no debate público, que necessariamente ultrapassa fronteiras nacionais e culturais. Uma comunicação responsável exige que se argumente de boa-fé, com verdade e coerência, e que se reconheçam os intervenientes na discussão, tanto por aquilo que são, como pelo papel que detêm numa comunidade partilhada. O artigo argumenta que o discurso público desceu a níveis perigosos neste século, citando exemplos de má-fé, provocação e insulto por parte de primeiros-ministros australianos (2002, 2015) e candidatos presidenciais na França (2005) e nos Estados Unidos (2016). Conclui defendendo que a mentira, a incoerência, a contradição, o insulto e a injúria se situam fora dos limites do discurso público. É necessária uma intervenção rápida ao nível da comunicação, que identifique cada uma destas formas de comunicação maliciosa como uma traição do público cívico, antes que se desencadeie a próxima reação maliciosa.^lfr^aCet article passe en revue le rôle du discours dans le droit et dans la vie publique et identifie des menaces qui apparaissent en politique à partir de formes de communication malveillantes. En plus de son rôle dans l'argument juridique, la communication est fondamentale pour le débat public dans la formation des lois et des politiques, et elle constitue le tissu social et politique à travers l'utilisation de formes d'adresse et de reconnaissance d'autrui. Cet argument s'appuie sur des aspects de la théorie du discours, de la théorie féministe et d'autres critiques suggérant qu'il s'applique à une étroite communauté de discours, ce qui exclut d'autres cultures. Il assume une vision élargie des participants au débat public, qui traverse nécessairement les frontières nationales et culturelles. La communication responsable exige de nous une discussion de bonne foi, véridique et cohérente, et que nous reconnaissions nos partenaires en discussion, tant pour ce qu'ils sont, que pour leur place dans une communauté partagée. L'article fait valoir que le discours public a atteint des niveaux dangereux au cours du siècle présent, en citant des exemples de mauvaise foi, de provocation et d'insulte de la part de premiers ministres australiens (2002, 2015) et de candidats présidentiels en France (2005) et aux États-Unis (2016). Il conclut que le mensonge, l'incohérence, l'auto-contradiction, l'insulte et la blessure sont hors limites du discours public. Une intervention communicative rapide est nécessaire pour identifier chacune de ces formes de communication malveillante comme une trahison du public civique, avant qu'elle ne provoque la prochaine réponse vicieuse.

: .

        · | | |     ·     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License