2018 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Crítica de Ciências Sociais

 ISSN 2182-7435

MENESES, Maria Paula. Colonialismo como violência: a “missão civilizadora” de Portugal em Moçambique. []. , spe2018, pp.115-140. ISSN 2182-7435.  https://doi.org/10.4000/rccs.7741.

^lpt^aA colonização, enquanto sistema de negação da dignidade humana para muitos povos do mundo, simboliza um imenso espaço-tempo de sofrimento, opressão e resistência, aquilo que hoje é designado de Sul global. Este texto, que se centra numa análise do colonialismo moderno, está estruturado em torno de três eixos. No primeiro examina-se o projeto epistémico subjacente à colonização, explicando como o pensamento abissal é central à moderna racionalidade eurocêntrica. Num segundo momento analisam-se as lógicas legitimadoras da ação política e epistémica do projeto colonial em Moçambique. Esta parte é fundamental para compreender as ruturas e continuidades entre a colónia e o Estado independente que é hoje Moçambique. Na última parte, são apresentadas algumas pistas para uma descolonização epistémica do Sul global.^len^aColonialism, as a system of denial of human dignity for many people in the world, represents an immense space-time of suffering, oppression, and resistance, symbolizing what is nowadays termed the global South. This article, which focuses on an analysis of modern colonialism, is structured around three axes. The first examines the epistemic project underlying colonization, explaining how abysmal thought is central to modern Eurocentric rationality. The second moment of analysis studies the legitimating logics of the political and epistemic action of the colonial project in Mozambique. This part is fundamental to understanding the ruptures and continuities between the colony and the independent State that is Mozambique today. In the final part, some indications are discussed, offering insights into an epistemic decolonization of the global South.^lfr^aLa colonisation, en tant que système de négation de la dignité humaine de nombre de peuples du monde, symbolise un immense espace-temps de souffrance, d’oppression et de résistance, de ce qui est de nos jours dénommé Sud global. Ce texte, qui repose sur une analyse du colonialisme moderne, est structuré autour de trois axes. Le premier se penche sur le projet épistémique sous-jacent à la colonisation, en expliquant comment la pensée abyssale est le noyau de la moderne rationalité eurocentrique. En un second temps, nous abordons les logiques légitimatrices de l’action politique et épistémique du projet colonial au Mozambique. Cette partie est essentielle pour permettre la compréhension des ruptures et des continuités entre la colonie et l’État indépendant qu’est aujourd’hui le Mozambique. En dernier lieu, nous traçons quelques pistes pour une décolonisation du Sud global.

: .

        · | | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License