ser2 3 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Cadernos do Arquivo Municipal

 ISSN 2183-3176

CASSINO, Carmine. “Lisboa dos Italianos”: presença italiana e práticas de nacionalidade nos primeiros trinta anos do século XIX. []. , ser2, 3, pp.201-227. ISSN 2183-3176.

^lpt^aA cidade de Lisboa tem registado desde o século XV uma importante presença italiana, ligada às práticas comerciais e financeiras, e organizada nas “nações” de mercadores florentinos, genoveses e venezianos. Com o processo de “italianização” que afeta o país a partir de meados do século XVIII, mudar-se-á a composição da própria comunidade italiana. Esta acolhe cada vez mais pessoas, num processo de diversificação das atividades socioeconómicas. Também muda a perceção das instituições e da sociedade portuguesa em relação a esta presença. A partir de então projeta-se a imagem duma “nação italiana” única, coesa em torno de elementos identitários comuns. Perfila-se um grupo homogéneo, que nas relações sociais (formais e informais) é reconhecido pelo ambiente que a acolhe, e que, ao mesmo tempo, desenvolve processos de autoidentificação (práticas de nacionalidade). Esta dinâmica projeta na primeira metade de Oitocentos uma comunidade (italianos e luso-italianos) que é corpo vivo da cidade, tendo um papel muito ativo sobretudo em três sectores: artes, ciências e comércio.^len^aSince the 15th century, the city of Lisbon has hosted a significant Italian presence, linked to commercial and financial activities and organized around the so-called ‘nations’, which gathered merchants from Florence, Genoa, and Venice. Because of the ‘Italianization’ affecting the country since the beginning of the XVIII century, the composition of the Italian community undergoes a process of change. This community starts to receive more and more people, in a process of pluralization and diversification of the socio-economic activities. The Portuguese society and institutions also change their perception of this presence. From then on, the image of an ‘Italian nation’ imposes itself, built around common identity elements. This emerging homogenous group is recognized by the hosting milieu in social relations (formal and informal), carrying on, at the same time, a process of auto-definition (nationality practices). Such a dynamic consolidates the presence of the Italian and Luso-Italian community as a ‘living body’ in the city, playing a particularly relevant role in the arts, sciences and trading.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License