ser2 17 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Cadernos do Arquivo Municipal

 ISSN 2183-3176

CASTRO, Caio A. M. Rodrigues de; MASCARENHAS-MATEUS, João    PIRES, Amilcar Gil. As mansardas da Baixa Pombalina de Lisboa, do século XVIII ao primeiro quartel do século XX: entre a rigidez do modelo e a variabilidade dos materiais. []. , ser2, 17, pp.87-108.   01--2022. ISSN 2183-3176.  https://doi.org/10.48751/cam-nyv7-0008.

^a

Em Lisboa, a mansarda surge no léxico arquitetónico português no século XVIII, importada de modelos franceses. Os exemplos pioneiros de Carlos Mardel adaptam-na à realidade construtiva do país ao executá-la com os materiais disponíveis, neste caso a telha cerâmica de canudo. Contudo, a mansarda não se sedimentará na cultura arquitetónica da cidade, e o seu uso como forma de definição espacial de cobertura desapareceria, retornando somente nas décadas finais de Oitocentos. Desta vez, o modelo de mansarda ecoa os exemplares feitos durante a reforma de Paris por Georges-Eugène Haussmann, sendo mais uma vez adaptado aos novos materiais disponibilizados pela indústria da construção da época, tais como a chapa metálica, a telha Marselha, os soletos de ardósia e os azulejos. Neste artigo, é analisado o contexto do surgimento destes materiais e das técnicas construtivas a eles associadas, sendo levantadas hipóteses que visam compreender a escolha de cada um deles para a realização deste tipo de artefacto arquitetónico indispensável na caraterização da Baixa Pombalina de Lisboa.

^lpt^a

In Lisbon, the mansard roof appears in the Portuguese architectural lexicon in the 18th century, imported from French models. Carlos Mardel’s pioneering examples replicated the foreign model, however, he adapted it to the country’s constructive reality by executing it with the available materials, in this case, the ceramic tile. However, the mansard would not settle in the city’s architectural culture, and its use as a roofing system disappeared, returning only in the final decades of the 1800s. By this time, the model echoed the ones made during Paris renovation by Georges-Eugène Haussmann, being once again adapted according to the new materials made available by the construction industry at the time, such as metal sheets, Marseille tiles, slate shingles and azulejo tiles. In this article, the context of the emergence of these materials is analyzed, in addition to hypotheses that aim to understand the choice of one over the other for mansards.

^len

: .

        · | |     · |     · ( pdf )