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Media & Jornalismo

 ISSN 1645-5681 ISSN 2183-5462

CASTANO, David. O Conselho da Revolução e a imprensa (1976-1982). []. , 19, 35, pp.133-148. ISSN 1645-5681.  https://doi.org/10.14195/2183-5462_35_9.

^lpt^aApós a transição revolucionária (1974-1976), Portugal entrou numa nova fase, a da transição constitucional, que se prolongou entre 1976 e 1982. Durante estes seis anos, além dos tradicionais órgãos de soberania existentes nos regimes democráticos pluralistas, manteve-se em funções um órgão de soberania não eleito, composto exclusivamente por militares. Consagrado constitucionalmente na sequência dos dois pactos estabelecidos entre os partidos políticos e os militares responsáveis pelo derrube do anterior regime autoritário, ao Conselho da Revolução foram atribuídos vastos poderes. Este papel central do Conselho da Revolução fez com que este órgão de soberania tivesse desde cedo atraído as atenções dos média, sector que também se encontrava num profundo processo de mudança e de adaptação aos novos tempos pós-revolucionários. Este artigo analisa o atribulado relacionamento entre os órgãos de comunicação social e o Conselho da Revolução, revelando os atritos e ameaças à liberdade de imprensa mas também as cumplicidades e alianças estabelecidas.^len^aAfter the revolutionary transition (1974-1976), Portugal entered a new phase, the constitutional transition, which lasted from 1976 to 1982. During these six years, in addition to the traditional organs of pluralistic democratic regimes, an unelected sovereign body composed exclusively of the military continued to exist. Consecrated constitutionally following the two pacts established between the political parties and the military responsible for the overthrow of the previous authoritarian regime, the Council of the Revolution was granted vast powers. This central role of the Council of the Revolution attracted the attentions of the media, a sector that was also in a profound process of change and adaptation to the new post-revolutionary times. This article analyzes the troubled relationship between the media and the Council of the Revolution, revealing the frictions and threats to freedom of the press, but also the complicities and alliances that have been forged in this period.^les^aDespués de la transición revolucionaria (1974-1976), Portugal entró en una nueva fase, la transición constitucional, que duró entre 1976 y 1982. Durante estos seis años, además de los tradicionales órganos de soberanía existentes en los regímenes democráticos pluralistas, se mantuvo en funciones un órgano de soberanía no electo, compuesto exclusivamente por militares. Constitucionalmente consagrado después de los dos pactos establecidos entre los partidos políticos y los militares responsables de la caída del régimen autoritario anterior, al Consejo de la Revolución se le atribuyeron amplios poderes. Este papel central del Consejo de la Revolución ha hecho que este órgano de soberanía haya atraído la atención de la prensa, sector que también se encontraba en un profundo proceso de cambio y de adaptación a los nuevos tiempos posrevolucionarios. Este artículo analiza la atribulada relación entre los medios de comunicación y el Consejo de la Revolución, revelando los atritos y amenazas a la libertad de prensa, pero también las complicidades y alianzas establecidas.

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