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Acta Portuguesa de Nutrição

 ISSN 2183-5985

MARQUES, Carolina; FARIA, Ana; LOUREIRO, Helena    POCINHO, Margarida. Impacto da prova cega na aceitação de frutas e produtos hortícolas por crianças em idade escolar. []. , 19, pp.12-18. ISSN 2183-5985.  https://doi.org/10.21011/apn.2019.1903.

^lpt^aIntrodução: Atualmente, assistimos ao baixo consumo de frutas e produtos hortícolas pelas crianças que, muitas vezes, rejeitam sequer prová-los. As atividades sensoriais surgem como alternativa de incentivo ao consumo destes alimentos, estimulando o contacto com as suas diferentes dimensões - aspeto, odor, sabor e texturas. Objetivos: Avaliar se a prova cega afetou a aceitação de frutas e produtos hortícolas pelas crianças. Metodologia: A amostra incluiu 47 crianças dos 9 aos 11 anos de uma Escola Básica do Centro de Portugal. A opinião dos pais sobre os gostos dos filhos foi recolhida através de um questionário. As preferências das crianças foram avaliadas através do preenchimento de uma escala após a exposição visual a 20 alimentos e após a prova cega a 3 frutas e 3 produtos hortícolas. Foram comparadas as classificações da prova visual e da prova cega e ainda as respostas dos pais com as classificações de cada prova. Resultados: A prova cega levou a mudanças das classificações aos alimentos testados, maioritariamente no sentido positivo. Em 4 alimentos, foram mais os que melhoraram a opinião dos que pioraram, sendo essa diferença mais expressiva para a pera e laranja (p<0,05). Em todos os alimentos houve passagem de classificações “não preferenciais” para “preferenciais”, principalmente na cenoura, pera e laranja. Comparando as respostas dos pais e das crianças, percebemos que as classificações na prova visual vão de encontro ao reportado previamente pelos pais. Pelo contrário, na prova cega, houve diferenças interessantes entre pais e filhos. A maioria das crianças deu uma resposta diferente à dos pais em 4 dos alimentos em teste - a classificação das crianças foi, regra geral, melhor do que a dos pais. Conclusões: A prova cega pareceu afetar positivamente a opinião das crianças sobre as frutas e produtos hortícolas, sendo necessários mais estudos para verificar esta tendência em amostras maiores e com mais alimentos.^len^aIntroduction: Nowadays, we observe a low fruit and vegetables consumption for children who commonly reject to even taste it. Sensorial activities emerge as alternatives to promote the consumption and stimulate the contact of its’ many dimensions - looks, odor, taste and textures. Objetives: To evaluate if the blind tasting of food influenced the children’ acceptance of fruit and vegetables. Methodology: The sample included 47 children between 9 and 11 years old from a basic school in the central region of Portugal. Parents’ opinion about his children’s food preferences was collected in a questionnaire. Children’s preferences were measured by a scale after visual exposure of 20 different foods and after blind taste of 3 fruits and 3 vegetables. The scores of the two scales were compared, as well as the relation between parents’ opinion and children’s ratings in each scale. Results: The blind taste led to changes in scores given to the tested foods, mostly positive changes. There has been more positive than negative changes in the ratings of 4 tested foods, with a stronger difference in pear and orange (p< 0.05). There were changes from “non preferential” to “preferential” ratings in all foods tested, specially in carrot, pear and orange. Comparing parents’ and children’s scores, we noticed that scores after visual exposure are similar to parents’ opinion. On the contrary, after blind taste there were interesting changes. The majority of children gave different scores than their parents in 4 tested foods - kids’ scores where mostly higher. Conclusions: Blind taste seemed to affect positively children’s opinion about fruits and vegetables, but more interventions are needed to verify this in bigger groups and with more foods.

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