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Acta Portuguesa de Nutrição

 ISSN 2183-5985

COSTA, Liliane; HENRIQUES, Eva    ESMERALDO, Teresa. COVID-19: RISCO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR E FATORES ASSOCIADOS NA MADEIRA. []. , 23, pp.6-12.   23--2021. ISSN 2183-5985.  https://doi.org/10.21011/apn.2020.2302.

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INTRODUÇÃO:

A Insegurança Alimentar constitui um problema grave de saúde pública, que pode ser agravado com as medidas de contenção social impostas durante a pandemia COVID-19.

OBJETIVOS:

Determinar a prevalência de Insegurança Alimentar e investigar determinantes associados, na Região Autónoma da Madeira, durante o confinamento geral na pandemia COVID-19.

METODOLOGIA:

Estudo transversal, com aplicação de um questionário por entrevista telefónica assistida por computador a 351 adultos, entre 22-29 de maio 2020. A presença de Insegurança Alimentar foi avaliada através de uma escala de 2 itens utilizada pela Direção-Geral da Saúde. A análise multivariada (regressão logística, método Forward Wald) foi usada para estudar a associação entre Insegurança Alimentar e variáveis demográficas, socioeconómicas e de estilo de vida.

RESULTADOS:

A prevalência de Insegurança Alimentar entre os agregados familiares da Região Autónoma da Madeira foi de 33,6%. No modelo ajustado (para tamanho do agregado familiar, perceção da situação financeira e alteração dos hábitos alimentares) a perceção de uma situação financeira suficiente ou difícil/muito difícil foi associada a maior probabilidade de reportar Insegurança Alimentar. Os inquiridos que partilhavam casa com três ou mais pessoas apresentaram probabilidade quase 2 vezes maior de Insegurança Alimentar , do que aqueles que viviam sozinhos ou partilhavam casa com apenas mais uma pessoa. A alteração de hábitos alimentares, durante o período de contenção, associou-se positivamente ao risco de Insegurança Alimentar

CONCLUSÕES:

Na Região Autónoma da Madeira, 33,6% das famílias foram identificadas em risco de Insegurança Alimentar, durante o período de confinamento pela COVID-19. No futuro, em contextos semelhantes, especial atenção deve ser dada a famílias em situação financeira mais frágil, com agregados familiares de maiores dimensões e com tendência para alterar os seus hábitos alimentares.

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INTRODUCTION:

Food Insecurity is a serious public health problem that may be aggravated by social constraints imposed during the COVID-19 pandemic.

OBJECTIVES:

To determine the prevalence of Food Insecurity in the population of the Autonomous Region of Madeira and explore

associated factors, during the COVID-19 pandemic lockdown.

METHODOLOGY:

Cross-sectional study, with the application of a questionnaire by computer-assisted telephone interview to 351 adults, between 22-29 May 2020. Multivariate analysis (logistic regression, Forward Wald method) was conducted to study the association between Food Insecurity and demographic, socioeconomic and lifestyle variables.

RESULTS:

The prevalence of Food Insecurity among Autonomous Region of Madeira households was 33.6%. In the adjusted model (for household size; perception of financial situation and change in eating habits) the perception of a sufficient financial situation or difficult / very difficult was associated with an increased likelihood of reporting Food Insecurity. Respondents who shared a home with three or more people were almost twice as likely to have Food Insecurity , than those who lived alone or shared a home with just one other person. The change in eating habits, compared to the period of pre-containment, was positively associated with the risk of Food Insecurity .

CONCLUSIONS:

In the Autonomous Region of Madeira, 33.6% of families were identified as at risk for Food Insecurity during COVID-19 pandemic lockdown. In the future, in similar contexts, special attention should be given to families in more fragile financial situations, with larger households and with a tendency to change their eating habits.

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