30 1 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

 ISSN 2341-4545

TARRIO, Isabel; MOREIRA, Marta; ARAUJO, Tarcísio    LOPES, Luís. EUS-Guided Choledochoduodenostomy after Failed Endoscopic Retrograde Cholangiopancreatography in Distal Malignant Biliary Obstruction. []. , 30, 1, pp.65-73.   15--2023. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000528808.

^a

Introduction:

Malignant biliary obstruction drainage is essential, since jaundice is associated with morbidity and mortality. Endoscopic retrograde cholangiopancreatography (ERCP) is the recommended procedure for biliary drainage, with percutaneous biliary drainage being the classic alternative in cases of unsuccessful ERCP. Recently, endoscopic ultrasound-guided biliary drainage has been emerged as a new option, with EUS-guided choledochoduodenostomy (EUS-CDS) being considered an effective and safe method in the drainage of distal obstructions of the common bile duct.

Aim:

The aim of the study was to evaluate the efficacy and safety of EUS-CDS performed in patients with distal malignant biliary obstructions, after failed ERCP.

Methods:

Single-center retrospective cohort study between July 2017 and June 2022 including all consecutive patients submitted to EUS-CDS in our center. The primary outcomes were “technical success” and “clinical success,” defined as “resolution of jaundice or improvement in total serum bilirubin level above 50% at 7th day and above 75% at 30th day after the procedure.” Secondary outcomes were procedure-related adverse events, endoscopic reintervention, and survival time.

Results:

EUS-CDS was performed in 20 patients (65.0% male; median age 76 years). The most frequent etiology for the biliary obstruction was pancreatic adenocarcinoma (n = 17; 85.0%), and most patients presented at advanced stages of cancer (12/60% in stages III or IV). ERCP failure was mainly due to the presence of obstruction in the duodenal lumen (n = 11; 55.0%). Fully covered metallic stents were used in all patients, mostly HotAxiosTM (n = 15; 75.0%). The technical success rate was 100%, and the clinical success rate was 89.5% (n = 17/19) at 7th day and 93.3% (n = 14/15) at 30th day. Four patients (20.0%) developed cholangitis within the first 30 days after the procedure; there were no late complications, and no patient died as a complication of the procedure. In 2 patients (10.0%), endoscopic reintervention was necessary due to stent migration, incidentally detected. Median survival was 93 days (minimum 5-maximum 751).

Conclusion:

EUS-CDS was effective in biliary decompression of malignant obstructions of the common bile duct, with high clinical success and a favorable safety profile.

^len^a

Introdução:

A drenagem das obstruções biliares malignas é essencial, uma vez que a icterícia está associada a morbimortalidade. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é o procedimento recomendado para a drenagem biliar, sendo a drenagem biliar percutânea (DBP) a alternativa clássica, se verificado insucesso. Recentemente, a drenagem da via biliar guiada por ecoendoscopia tem-se apresentado como uma nova opção, sendo a coledocoduodenostomia guiada por ecoendoscopia (CGE) considerado um método eficaz e seguro na drenagem de obstruções da via biliar distal.

Objetivo:

Avaliar o sucesso técnico e clínico e a segurança da CGE em doentes com obstrução da via biliar distal, após falência da CPRE. Métodos: Estudo de coorte retrospetivo, en-tre Julho/2017 e Junho/2022, de todos os doentes submetidos a CGE no nosso centro. Determinaram-se como outcomes primários o “sucesso técnico” e o “sucesso clínico” (“melhoria ≥50% na bilirrubinemia ao 7.º e ≥ 75% ao 30.º dias após o procedimento”). Os outcomes secundários incluíram a frequência de eventos adversos, necessidade de reintervenção e taxa de sobrevida. Foram utiliza-das curvas de Kaplan-Meier para descrever a sobrevida.

Resultados:

A CGE foi realizada em 20 doentes (65.0% do sexo masculino; idade mediana 76 anos). A etiologia mais frequente para a obstrução foi o adenocarcinoma pancreático (n = 17; 85.0%) e a maioria dos doentes apresentava-se em estadios avançados da neoplasia (12/60% em estadios III ou IV). A falência da CPRE deveu-se à presença de obstrução no lúmen duodenal em 55.0% dos doentes (n = 11). Em todos os doentes foram utilizadas próteses metálicas totalmente cobertas, maioritariamente HotAx-iosTM (n = 15; 75.0%). A taxa de sucesso técnico foi de 100% e de sucesso clínico foi de 89.5% ao 7.º dia (n = 17/19) e 93.3% ao 30.º dia (n = 14/15). Quatro doentes (20.0%) desenvolveram colangite nos primeiros 30 dias após o procedimento; não se verificaram complicações tardias e nenhum doente faleceu como complicação do procedimento. Em 2 doentes (10.0%) foi necessária reintervenção por migração da prótese, detetada incidentalmente. A sobrevida mediana foi de 93 dias (mínimo 5 - máximo 751).

Conclusões:

A CGE foi efetiva na descompressão biliar de obstruções malignas da via biliar distal, com elevado sucesso clínico e um perfil de segurança favorável.

^lpt

: .

        · | |     ·     · ( pdf )